domingo, 31 de outubro de 2010

Divisão do Reino com a morte de Salomão...

Na minha disciplina de: História da Igreja, Antiga e Medieval, chamou-me a atenção este pequeno texto que vou transcrever para tentar fazer uma comparação com o nosso Mega-Governante, José Sócrates. Vejam no sublinhado o que sucedeu com a morte de Salomão:
Ora, este Roboão parece ser igual a Sócrates. Também aumentou os impostos e, assim se dividiu o Reino em dois. Será que vamos dividir Portugal em dois também?
Lá para baixo, governa o Sócrates e aqui em cima o Passos Coelho. Que vos parece?
Com a sua morte, Roboão, seu filho, sucedeu-lhe no trono. Em vez de ouvir o conselho sábio dos anciãos das tribos de Israel para aliviar a carga tributária e os trabalhos compulsórios impostos por seu pai, ele mandou aumenta-los. Isso levou à rebelião das tribos setentrionais e à divisão do Reino em dois novos reinos: o Reino de Israel Setentrional (ou Reino das 10 Tribos, tendo como Rei Jeroboão I), e o Reino de Judá (tendo por capital Jerusalém e como rei, Roboão).

sábado, 30 de outubro de 2010

Exemplo para... Orçamento do Estado!

Chinês quis poupar dinheiro: Levou a noiva à igreja em escavadora.
Um chinês que trabalha para uma empresa de máquinas de construção recorreu a seis retroescavadoras, em vez de carros, para o cortejo que levou a noiva à igreja.
Deste modo, poupou dinheiro... As máquinas foram enfeitadas com fitas e balões para comemorar o casamento e deixar a noiva satisfeita. Zhang Zongqiang, de 35 anos, afirma não ter sido fácil convencer a noiva, Ye Yuzi, de 26, a andar pelas ruas em cima da máquina...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Encontrar flores num deserto...

Porque as politiquices vão azedando o estômago e criando dissabores entre amigos (?), deixo-vos uma história para vos retemperar o espírito e recompor a vossa esperança de homens maduros, capazes de crivar as sementes para que fiquem limpas das impurezas que as acompanham desde a colheita… e também para desviar os vossos caprichos e atenções para actos ou coisas mais proveitosas e adequadas às circunstâncias do momento actual.
Vejamos: Neste mundo egoísta, de indiferença cruel, de falta de atenção aos problemas difíceis dos outros, é admirável e motivo de alegria, verificar uma atitude generosa e simpática que vivi certo dia, algures num pacato local mas endiabrado como podereis observar.
Como católico dirigi-me a uma celebração litúrgica vespertina, numa paróquia, onde por razões óbvias me encontrava depois de uma reunião.
No fim da celebração encontrei um trânsito caótico desviado através de um bairro, em virtude de obras nas ruas circundantes. Era já noite escura e não consegui ler as placas indicadoras de desvios. Entrei numa rua errada e segui tentando encontrar o caminho que desejava, mas emaranhei-me em ruas desconhecidas e complicadas. Perguntei a várias pessoas, mas ninguém me dava uma explicação clara para eu sair dali. Alguns, desconfiados pela minha aparência de “ladrão”, nem resposta me davam.
Quase me atrevia a ligar para o 112. Tal era a situação… Parei numa rua mais ampla. Atrás de mim parou um carro. Sai e pedi informações aos ocupantes dessa viatura. Dentro um casal e uma criança. Perguntei:
Podem fazer o favor de indicar-me como posso ir para tal parte? O condutor, olhou-me, mirou-me, pensou uns momentos e disse-me: - É difícil, mas eu vou indicar-lhe. Siga-me: Passou o carro para a frente do meu e comecei a segui-lo com muita atenção. Andou, andou, atravessou bairros e eu olhando atónico para aquela eternidade… Depois de alguns minutos de marcha, chegou ao local que eu lhe pedira e que eu já conhecia melhor. Encostou o carro ao lado da rua e eu parei ao lado dele.
- Muito obrigado, disse-lhe eu, levantando o braço em sinal de gratidão, não sem ouvir umas fortes buzinadelas que me fizeram lembrar o campeonato do mundo, na África do Sul. Ele sorriu, levantou o braço, correspondendo ao meu gesto e cada um seguiu o seu destino.
Fui a pensar, feliz: - Ainda há gente boa neste mundo materialista e cheio de questiúnculas. Fiquei com pena por não saber o nome e endereço da pessoa tão bondosa, para lhe agradecer por escrito aquela prestimosa ajuda maior do que a informação que lhe solicitei. (Como fazem falta uns cartõezitos de visita e então a Internet para ocasiões destas?)
Também aquele desconhecido deve ter regressado a casa de consciência jubilosa, como sentimos quando ajudamos alguém a ser feliz.
Contei este episódio, porque os bons exemplos são frutuosos. É de louvar ao Senhor, que nos oferece flores desta beleza em caminhos inesperados e áridos da vida no meio do longo deserto da agonia e do desespero…

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ofensiva na Catalunha, Espanha.

Catalunha: Prostitutas multadas por não usarem colete reflector.
As prostitutas que oferecem serviços sexuais nas bermas da estrada LL-11, junto à localidade catalã de Els Alamus, estão a receber multas de 40 euros sempre que as autoridades as encontram sem coletes reflectores.
Apesar de o presidente da autarquia ter em curso uma campanha contra a prostituição, a polícia catalã garante que as multas são as mesmas que qualquer peão receberia caso estivesse na estrada sem o colete que permite sinalizar a sua presença.

No meio de usurpadores
Coitadas, e já perdidas
Em terra, com reflectores
No mar, com salva-vidas…

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um mundo melhor...

Uma das nossas preocupações deve ser trabalhar por um mundo melhor, para que todos sejam felizes em maior ou menor grau: melhorar o nosso mundo familiar, o nosso mundo profissional, o nosso mundo social. Há coisas simples, ao nosso alcance, que podem transformar um pouco o mundo. Eis um exemplo:
Certo escritor passava serenamente as suas férias numa pequena praia. Todas as manhãs passeava um pouco junto ao mar. Depois voltava para casa para dar continuação aos seus escritos.
Um dia, viu ao longe um rapaz que se baixava, apanhava qualquer coisa e lançava ao mar. Aproximou-se e concluiu que o jovem apanhava estrelas-do-mar no areal quente e as lançava de novo à água para não morrerem ressequidas pelo sol ardente.
- Porque fazes isso? – Perguntou o escritor.
- Salvo estas estrelas-do-mar que o calor do sol quente mata.
- Mas não vale a pena. Não vês nesses quilómetros de praia as centenas de estrelas que morrem?
- É verdade, disse o moço, agarrando uma estrela e lançando-a ao oceano. Mas esta já não morre!
O escritor regressou a casa, muito pensativo, naquela resposta do jovem. Durante a noite continuou a pensar. No dia seguinte voltou à praia e lá estava o jovem generoso. Associou-se a ele salvando estrelas-do-mar.
No mundo que nos rodeia, há tantas estrelas-do-mar que morrem ressequidas pela fome, pela doença, pela indiferença. Um pequeno gesto nosso, um pouco de generosidade, podem salvar vidas.
É verdade que pelo mundo fora há tanta “estrela” lutando pela vida; pela felicidade a que têm direito.
Há também muita gente extraordinária – cristã e não cristã – que luta pela felicidade dos outros: por um mundo sem carências do essencial, um reino de paz, de alegria, de esperança e de amor fraterno.
 “Às vezes colhemos lições de humildade, tiradas das páginas da vida, cujo livro são os passos que damos ao encontro de realidades como esta: tão simples e tão modesta no modo exemplar deste jovem…”

sábado, 23 de outubro de 2010

Colecção de colheres...


Austríaco tem mais de 1700 colheres. Talheres provêm de 447 companhias aéreas.
O comissário de bordo austríaco Dieter Kapsch, que trabalha na companhia ‘Austrian Airlines’, possui uma colecção de 1760 colheres provenientes de 447 companhias aéreas diferentes, segundo o jornal inglês ‘Daily Telegraph’.
"Há tantas companhias aéreas que eu estou sempre à procura de colheres. Isto não é nada, estou interessado em adicionar ainda mais à minha colecção. Gostava de encontrar colheres das companhias ‘London City Airways', ‘British Eagle', ‘Transglobe', ‘Excalibur' e ‘World Airways UK'" afirmou o comissário de bordo.

Arvoredos com segredos...

Jardineiro britânico notificado pela polícia. Arbusto fálico desencadeia polémica
Um arbusto pode ser podado das mais variadas formas, mas há algumas mais adequadas do que outras. Que o diga o jardineiro britânico Ian Ashmeade, de 53 anos, notificado pela polícia depois de vizinhos seus se queixarem de um arbusto a que deu a forma de um pénis. Ian afirma-se desconcertado. Diz ter podado o arbusto com aquela forma em 2002 e estranha terem decorrido oito anos até alguém se sentir ofendido. Será que cresceu?
 Será por... ser verde?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mulheres de militares em calendário...

Um grupo de mulheres e namoradas de militares britânicos aceitou posar para um calendário sexy com a finalidade de angariar dinheiro para soldados feridos. A ideia partiu de uma jovem de 20 anos, Tilly Lambert, cujo namorado, Sapper Adam Lee, de 23 anos, foi enviado para o Afeganistão. As mulheres posaram em trajes sensuais num quartel em Maidstone. Segundo o ‘The Sun’, o calendário de 2011 já está à venda por 8,9 libras (10,20 euros).

Aqui temos um contraste
Que rivaliza de verdade
Que estas mulheres de praxe
Dão lições à homossexualidade

“Invadiram” um quartel
E em trajes sensuais
Mostraram no seu papel
Que ainda podem dar mais

Não têm segredos em nada
São valentes estas damas
Já preparam a emboscada
Aos militares nas camas

Ao posarem quase nuas
Meus amigos quem diria
A malta fica nas luas
E com melhor pontaria

Admiro a sua coragem
E presto-lhes o meu jus
Por terem na sua bagagem
A boca pronta do obus

Porém, o que mais atrapalha
Assaz, a grande dificuldade
É a gente não ter metralha
Devido à nossa idade…

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cuecas aumentam tamanho do pénis...

Um novo modelo de cuecas promete ajudar muitos homens a superar alguns receios. A marca de roupa ‘Marks & Spencers’ criou uma peça que promete aumentar o volume do pénis em um terço.
A peça, que só estará disponível em preto e branco, vai ser lançada a 15 de Outubro e promete resultados verdadeiros. Segundo a marca britânica, as cuecas produzem um efeito de concha, traduzindo-se num maior volume.
Depois do Wonderbra, as marcas de roupa tem-se aventurado por modelos mais arrojados e tecnológicos. A ‘Marks & Spencers' já tinha lançado no ano passado uma camisola que prometia reduzir a barriga.
O modelo só vai estar disponível em dez lojas no Reino Unido, mas pode também ser adquirido através da internet.

EUA: Mudança histórica - Gays podem ser militares!

Os centros de recrutamento dos vários ramos das Forças Armadas dos EUA começaram esta semana a aceitar inscrições de recrutas assumidamente homossexuais, invertendo a política há muito contestada por grupos de defesa dos direitos dos gays.
A decisão surge após o veredicto da juíza federal da Califórnia Virginia Phillips, que na semana passada considerou inconstitucional a política de ‘don’t ask, don’t tell’, que impedia os gays assumidos de servirem nas Forças Armadas e que castigava com a expulsão todos aqueles cuja homossexualidade fosse descoberta já depois de fazerem parte dos quadros.
Tal foi o caso do tenente sino--americano Dan Choi, expulso do Exército por ser gay. Ontem, voltou a inscrever-se.
A Casa Branca é a favor do fim da discriminação nas Forças Armadas com base na orientação sexual, mas quer que seja o Congresso a legislar nesse sentido.

Juro e jurarei com lealdade
Ser fiel à minha condição
De homossexualidade
Quando tiver comichão

Às armas sobre a terra
Às armas sobre o mar
Porque nesta guerra
Sou quem fico a ganhar

E na camarata, enfim
Não importa o desdém
As coisas serão assim
Como às vezes convém

E se ouvirem gemidos
Daquela volúpia militar
Fechem os vossos ouvidos
Deixem os gays gritar 
  
Porque neste mundo de granel
Cheio de pessoas argutas
Não é que um quartel
Parece uma casa de p. (lutas)

Assim, vão dando graças
Que a todos não agrada
Metam sargentos e praças
E oficiais a fazer marmelada

Na procura do prazer
No harém de militares
Os gays começarão a crescer
Irão ser aos milhares

No meio dessa balbúrdia
Cujo cúmulo é a estupidez
É triste sem dúvida
Que haja pouca lucidez

Oh mundo, barco à deriva
Onde está o timoneiro?
Se quem manda não chefia
Também quer ser o primeiro
E levar no cú algum dia
Ter o rótulo de paneleiro


Novas descobertas sobre o álcool...

Para o meu amigo, Valdemar Marinheiro, com um abraço!
Uma variação genética que protege contra o alcoolismo foi descoberta por investigadores norte-americanos, abrindo assim caminhos para tratamentos preventivos, segundo um estudo divulgado esta quarta-feira.
Esta variante, do gene CYP2E1, está ligada à reacção do álcool. Dez em vinte por cento das pessoas com esta característica genética, bebendo alguns copos de álcool são suficientes para fazê-los sentir mais bêbedos do que o resto da população.
“Nós encontramos um gene que protege contra o alcoolismo e, além disso, tem um efeito muito poderoso”, disse Kirk Wilhelmsen, professor de Genética na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo, publicado na revista ‘Alcoholism: Clinical and Experimental Research’.
O gene CYP2E1 há muito que intriga os investigadores, uma vez que este permite a produção de uma enzima capaz de metabolizar o álcool, segundo o estudo, que acrescenta que grande parte do álcool consumido seja metabolizado por outra enzima chamada desidrogenese activa no fígado.
O gene CYP2E1 age de forma diferente, não no fígado, mas no cérebro.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Condenado pelo Tribunal de Portalegre!

GNR premiado fica sem carta por conduzir bêbado.
Um militar do Destacamento de Trânsito da GNR de Portalegre foi ontem condenado em tribunal a três meses e meio sem carta de condução e 70 dias de multa por ter sido apanhado ao volante embriagado. O cabo Paulino, um dos quatro militares premiados com sete dias de férias extras pelo seu desempenho na caça à multa, foi interveniente numa colisão entre a sua viatura e um pesado. Acusou uma taxa de álcool : 1,84 g/l.
Para José Alho, presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda Nacional Republicana (ASPIG), a condenação “é  exemplar”. “O Guardas têm de perceber que não é por terem dias de mérito que estão salvos de tudo”, refere o dirigente.
O advogado de defesa, Fernando Arriaga, referiu ao nosso jornal que só após análise da sentença “será decidido se avançamos para o recurso”. O defensor do militar envolvido no acidente de viação no dia 21 de Dezembro de 2009, cerca das 17h40, na EN 18, junto a Portalegre, diz que a prova do excesso de álcool está baseada em recolha de sangue. “É uma situação ferida de inconstitucionalidade orgânica”, frisa. À margem do julgamento, fontes da GNR confidenciaram o mau estar no corpo do destacamento de Trânsito da GNR de Portalegre causado pelos prémios da caça à multa, noticia avançada em exclusivo pelo CM em Agosto de 2009. A “extraordinária conduta”, evidenciada no primeiro semestre daquele ano, levou o então comandante do grupo tenente-coronel Mário Bagina a assinar a ordem de serviço 152 que premiava quatro cabos com sete dias de licença de mérito
“Outros colegas, que por não evidenciarem tão elevado mérito, até punidos foram”, referiu um Guarda sob anonimato. Facto é que, segundo a mesma fonte, há militares da GNR que em resultado dessas situações estão a receber apoio psicológico. “Já se verificam casos um pouco por todo o País, sobretudo aqueles que não enveredam por atitudes que discordam. Acabam sempre por ser prejudicados profissionalmente”, acrescentou.




Aconteceu em Portalegre
Com o azarado Paulino
A GNR até nem bebe
Mas este é mais ladino

Agraciado com um louvor
Reparem e olhem só
Porque este estupor
Aplicava multas sem dó

Pelo mérito e disciplina
Daquele estóico militar
Até o Comandante Bagina
Acabou por o premiar

Esqueceu-se este patusco
Que na roda desta vida
Aparece no crepúsculo
A sentença devolvida

Em sua defesa o Arriaga
Do azarado Cabo Paulino
Que não acredita na praga
De voltar ao seu destino

Surge aqui o Zé Alho
Dirigente que afirma
Cada macaco no seu galho
Cuidado com o Bagina?

Uma mão dá, outra tira
São assim as mãos do destino
Que se tornaram numa sina
Para o macambúzio Paulino

Daquele mal que se faz
Haverá sempre um revés
Porque a justiça traz
Penas da cabeça aos pés

Poucos acreditam em feitiço
Mas para que a tudo se resista
Para não ser lobo mestiço
Que a pele nunca se vista…

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nossa Senhora do Vencimento!




Por mero acaso, deambulando pelo nosso país, passei nesta pequena localidade entre o Pinhão e S. João da Pesqueira, no Alto Douro Vinhateiro.
Com a crise reinante que nos cerca por todos os lados, acredito que, muito em breve, este será um local de grandes peregrinações... À cautela, fotografei e registei o local.
Nunca se sabe o dia de amanhã!

(Aceitam-se inscrições para viagens de autocarros e comboios)
 





Neste Pitoresco local
Existe uma capelinha
Que ampara o desigual
De alma como a minha
Senhora do Vencimento
Levai-me Douro acima
Para acabar meu tormento
Nas minhas promessas
Prometo esclarecimento
Porque vejo tudo às avessas
Do governo dum jumento
Levai-me a essa Senhora
Sinto-me estrangulado
Para que a mão protectora
Da Senhora do Vencimento
Socorra este amargurado
Acabe meu padecimento
Esvaziam-me o bornal
Oh, enorme sofrimento
Fazem-no de forma canibal
Num ignóbil tormento
Matando os pobres de Portugal...


ATVerde

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A força de uma lamparina!

Há na nossa vida pequenas atitudes que nunca mais se apagam, que nunca mais se esquecem em nós e naqueles que servimos.
Num dos bairros paupérrimos da Austrália, as irmãs religiosas de uma Congregação visitavam pobres e idosos doentes, esquecidos pela indiferença das outras classes.
Certo dia, uma das irmãs entrou na barraca de um pobre muito idoso e desprezado, onde estava tudo sujo e desarrumado.
- Deixe-me limpar a sua habitação e lavar as suas roupas – dizia a religiosa.
- Estou bem assim e já sou muito velho para limpezas, respondeu ele, não se preocupe.
- Ficaria muito melhor e com outro aspecto, insistiu ela. Ele concordou.
A freira limpou a casa toda, lavou as roupas e preparou-lhe a pobre cama.
No meio daquela sujidade e bagunça encontrou uma lamparina muito velha e cheia de poeira.
- O senhor não acende de vez enquando a sua lamparina?
- Não, respondeu ele. Não recebo a visita de ninguém e não preciso de luz. Quando escurece, deito-me. Para que deveria acendê-la?
- O senhor acenderia todas as noites a lamparina se as irmãs passassem a visitá-lo e a conversar consigo?
- Naturalmente, respondeu.
As religiosas combinaram entre elas visitar o ancião todas as noites.
Passaram-se dois anos e ele enviou esta mensagem: Contem à minha amiga que a luz que ela acendeu em minha vida continua a brilhar.
Como é belo saber que uma visita de caridade acendeu na vida de um infeliz uma luz: luz de esperança numa vida verdadeiramente humana, vida assistida por mensageiras de amor. Esperança de um sorriso, de uma palavra, de um alento, de uma ajuda a um ancião pobre, doente e esquecido da sociedade.
As nossas visitas a doentes, a prisioneiros, a indigentes, acendem uma luz nessa solidão: um pouco de alegria, um pouco de amparo, um pouco de amor que aviva a fé em Deus que manifesta o seu amor pelo serviço e caridade dos outros seres humanos.
Se voltássemos a passar por esses locais de miséria e sofrimento, encontraríamos o coração desses infelizes brilhando de uma luz encantadora, lendo nos seus olhos a palavra “agradecimento”.
Quantos de nós viremos a passar por essas provações? Sei lá, meus amigos. Sei, apenas, que aquilo que nos está reservado é uma incógnita e, se calhar, é melhor ser assim para não entrarmos em desfalecimentos de desespero…

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A folha amarrotada...

Há circunstâncias na vida que nos fazem perder a serenidade e magoar alguém: talvez com uma palavra grosseira, talvez com uma atitude brusca, talvez com uma afirmação injusta ou falsa que fazem sofrer.
Certa professora tinha na sua turma um rapaz que se irritava com facilidade e ofendia os companheiros. O ambiente tornava-se pesado, sem bom entendimento entre eles.
Um dia, ela decidiu dar uma lição bem fácil de compreender a todos os alunos. Chamou o aluno mal comportado, entregou-lhe uma folha de papel branco muito perfeita e lisa e mandou-o amassar aquela folha. O rapaz dobrou-a, amarrotou-a até fazer uma bola de papel. Depois a professora ordenou-lhe que alisasse novamente a folha. O aluno desfez a bola de papel, e começou a desdobrar e a alisar a folha o melhor que pôde. Mas, por mais que tentasse alisá-la, as rugas da dobragem permaneciam bem visíveis no papel.
Então a professora chamou os alunos para prestarem atenção e explicou-lhes a lição que pretendia dar-lhes: Quando ofendemos alguém – os pais, os professores, os companheiros ou qualquer pessoa – produzimos marcas dolorosas – às vezes profundas – no coração e no íntimo dessas pessoas. Depois, talvez arrependidos, peçamos desculpa, peçamos perdão pelas nossas ofensas. Mas as marcas que deixamos nos ofendidos nunca mais desaparecerão totalmente, tal como as rugas na folha de papel amarrotado.
O bom entendimento, o respeito mútuo, criam um ambiente de bem-estar, de felicidade: em família, nas escolas, nas empresas, nas instituições, nas comunidades cristãs, em toda a parte…
Evitemos as palavras duras que ofendem e as atribuições, por vezes falsas, que tanto prejudicam e são causas de enorme sofrimento.
Falemos somente quando as nossas palavras forem tão suaves e inofensivas como o próprio silêncio.

domingo, 10 de outubro de 2010

Para ler e meditar...


Esta é uma história verídica, narrada por John Powel, S.J., professor de Teologia da Fé, da Loyola University de Chicago, EUA:
"Um dia, há muitos anos atrás, eu estava de pé na porta da sala, esperando que os meus alunos entrassem para nosso primeiro dia de aulas do semestre. Foi aí que vi Tom, pela primeira vez. Não consegui evitar que meus olhos piscassem de espanto. Ele estava penteando seus cabelos longos e muito loiros que batiam uns vinte centímetros abaixo dos ombros. Eu nunca vira um rapaz com cabelos tão longos. Acho que a moda estava apenas começando nessa época.
Mesmo sabendo que o que importa não é o que está fora, mas o que vai dentro da cabeça, naquele dia eu fiquei  um pouco chocado. Imediatamente classifiquei Tom com um” E “de estranho... muito estranho!”.
Tommy acabou por revelar-se o "ateísta de plantão" do meu curso de Teologia da Fé. Constantemente, fazia objecções ou questionava sobre a possibilidade de existir um Deus-Pai que nos amasse incondicionalmente.
Convivemos em relativa paz durante o semestre, embora eu tenha que admitir que às vezes ele era bastante incómodo.
No fim do curso, ele se aproximou e me perguntou, num tom ligeiramente irónico:
- O senhor acredita mesmo que eu possa encontrar Deus algum dia?
Resolvi usar uma terapia de choque: - Não, eu não acredito! -respondi.
- Ah! - Ele respondeu - Pensei que era este o produto que o senhor esteve tentando nos vender nos últimos meses.
Eu deixei que ele se afastasse um pouco e falei, bem alto:
Eu não acredito que você consiga encontrar Deus, mas tenho absoluta certeza de que Ele o encontrará um dia. Ele deu de ombros e foi embora da minha sala e da minha vida.
Algum tempo depois soube que Tommy se tinha formado e, em seguida, recebi uma notícia triste: ele estava com um câncer terminal. E antes que eu resolvesse se ia à sua procura, ele veio ver-me.
Quando entrou na minha sala, percebi que seu físico tinha sido devastado pela  doença e que os cabelos longos não existiam mais, devido à quimioterapia.
Entretanto, seus olhos estavam brilhantes e sua voz era firme, bem diferente daquele garoto que conheci.
- Tommy, tenho pensado em você. Ouvi dizer que está doente! - Falei.
- Ah, é verdade, estou seriamente doente. Tenho câncer nos dois pulmões. É uma questão de semanas, agora…
Você consegue conversar bem a esse respeito?
- Claro, o que o senhor gostaria de saber?
-Como é ter apenas vinte e quatro anos e saber que está morrendo?
-Acho que poderia ser pior.
Como assim?
- Bem, eu poderia ter cinquenta anos e não ter noção de valores ou ideais, ou  ter sessenta anos e pensar que a bebida, mulheres e dinheiro são as coisas mais "importantes" da vida.
Lembrei-me da classificação que lhe atribuí: "E" de "estranho" (parece que as pessoas que recebem classificações desse tipo, são enviadas de volta por Deus para que eu possa repensar o assunto).

- Mas a razão pela qual eu realmente vim vê-lo - disse Tom - foi a frase que o senhor me disse no último dia de aula. (Ele se lembrava!)
Tom continuou: - Eu lhe perguntei se o senhor acreditava que eu encontraria Deus algum dia e  o senhor respondeu 'Não', o que me surpreendeu. Em seguida, o senhor disse, "mas Ele o encontrará". Eu, pensei  um bocado a respeito daquela frase,   embora na época não estivesse muito interessado no assunto.   Mas quando os médicos removeram um nódulo da minha virilha e me disseram que se tratava de um tumor maligno, comecei a pensar com mais seriedade sobre a ideia de procurar Deus. E quando a doença se espalhou por outros órgãos, eu comecei realmente a dar murros desesperados nas portas de bronze do paraíso. Mas Deus não apareceu. De fato, nada aconteceu. O senhor já tentou fazer alguma coisa por um longo período, sem sucesso? A gente fica cansada, desanimado. Um dia, ao invés de continuar atirando apelos por cima do muro alto atrás de onde Deus poderia estar ou não... eu simplesmente desisti.
Decidi que de facto não me estava importando... com Deus, com uma possível vida eterna ou qualquer coisa parecida. E decidi utilizar o tempo que me restava fazendo alguma coisa mais proveitosa. Pensei no senhor e nas suas  aulas e me lembrei de uma coisa que o senhor havia dito noutra ocasião: "A  tristeza mais profunda, sem remédio, é passar pela vida sem amar”. Mas é  quase tão triste passar pela vida e deixar este mundo sem jamais ter dito às pessoas queridas o quanto você as amou.
"Então resolvi começar pela pessoa mais difícil: meu pai.
Ele estava lendo o jornal quando me aproximei dele: - Pai... disse eu.
- Sim, o que é? - Ele perguntou, sem baixar o jornal.
- Pai, eu gostaria de conversar com você.
- Então fale.
- É um assunto muito importante!
O jornal desceu alguns centímetros, vagarosamente.
- O que é?
- Pai, eu amo-o muito. Só queria que você soubesse disso.
O jornal escorregou para o chão e meu pai fez duas coisas que eu jamais havia  visto: Ele chorou e me abraçou com força. E conversamos durante toda à  noite, embora ele tivesse que ir trabalhar na manhã seguinte. Foi tão bom poder me sentar junto do meu pai, conversar, ver suas lágrimas, sentir seu abraço, ouvi-lo dizer que também me amava! Foi uma emoção indescritível!
Foi mais fácil com minha mãe e com meu irmão mais novo. Eles choraram também e nós nos abraçamos e falamos coisas realmente boas uns para os outros. Falamos sobre as coisas que tínhamos mantido em segredo por tantos anos, e que era tão bom partilhar.
Só lamentei uma coisa: que eu tivesse desperdiçado tanto tempo, privando-me de momentos tão especiais.
Naquela hora eu estava apenas começando a me abrir com as pessoas que amava.
Então, um dia, eu olhei, e lá estava ELE. Ele não veio ao meu encontro quando lhe implorei. Acredito que estava agindo como um domador de animais que,   segurando um chicote, diz: - Vamos, pule! Eu lhe dou três dias… três semanas...
Parece que Deus não se deixa impressionar. Ele age a Seu modo e a Seu tempo.
Mas o que importa é que Ele estava lá. Ele me encontrou... O senhor estava certo. Ele me encontrou mesmo depois de eu ter desistido de procurar por Ele.
Tommy - eu disse, bastante comovido - o que você está dizendo é muito mais importante e muito mais universal do que você pode imaginar. Para mim, pelo menos, você está dizendo que a maneira certa de encontrar Deus, não é fazendo Dele um bem pessoal, uma solução para os nossos problemas ou um consolo em tempos difíceis, mas tornando-se disponível para o verdadeiro Amor. O apóstolo José disse isto: "Deus é Amor e aquele que vive no Amor, vive com Deus e Deus vive com ele".
- Tom, posso pedir-lhe um favor? Você sabe que me deu bastante trabalho quando foi meu aluno. Mas (aos risos) agora você pode me compensar por aquilo.
Você viria à minha aula de Teologia da Fé e contaria aos meus alunos o que  você acabou de me contar? Se eu lhes contasse não seria a mesma coisa, não tocaria tão fundo neles!
- Oh! Eu me preparei para vir vê-lo, mas não sei se estou preparado para  enfrentar seus alunos.
- Então, pense nisto. Se você se sentir preparado, telefone-me.
Alguns dias mais tarde, Tom telefonou e disse que falaria com a minha turma.
Ele queria fazer aquilo por Deus e por mim. Então marcamos uma data.
Mas, o dia chegou... e ele não pode ir. Ele tinha outro encontro, muito mais importante do que aquele. Ele se foi... Tom havia dado o grande passo para a verdadeira realidade. Ele foi ao encontro de uma nova vida e de novos desafios. Antes de ele morrer, ainda conversamos uma vez.
- Não vou ter condições de falar com sua turma. - Ele disse.
- Eu sei, Tom.
- O senhor falaria com eles por mim? O senhor falaria... com todo mundo  por mim?
- Vou falar, Tom. Vou falar com todo mundo. Vou fazer o melhor que puder.
Portanto, a todos vocês que foram pacientes, lendo esta declaração de amor tão sincera, obrigado por fazê-lo.
E a você, Tommy, onde quer que esteja, aí está: eu falei com todo mundo...do melhor modo que consegui. E espero que as pessoas que tiveram conhecimento desta história, possam contá-la aos seus amigos, para que mais gente possa conhecê-la...".
"OS AMIGOS SÃO O MEIO PELO QUAL DEUS GOSTA DE CUIDAR DE NÓS!” QUE FALEMOS PARA AS PESSOAS QUE VERDADEIRAMENTE NOS AMAM: Amar está sempre em primeiro lugar!
“Não diga para Deus que você tem um grande problema, diga para o seu problema que você tem um grande Deus”· (Júlio Heringer.)