Era dia de feira na Vila e, para lá se derigiam três donas de casa, para fazerem algumas compras no tempo dos escudos.
Dizia uma:
- Ontem, quando o meu marido chegou do trabalho, disse-lhe: precisava duns contitos para ir à feira.
- Está bem. Vou ver se te posso dar cinco notas de contos.
- Pensou durante a noite... e acabou por dar-me só duas. Com pouco dinheiro, nada faço.
- A outra, disse:
- Fiz a mesma conversa com o meu que disse que me daria duas. Por fim, acabou por me dar só uma. Assim, não compro nada.
- A terceira, disse:
- Vós ainda tivestes alguma sorte! Olhai, eu vou remediar com uns trocos que tinha na gaveta, porque ao pedir dinheiro ao meu marido, disse-me:
Vês a carteira? Está tesa!
- Responderam as outras:
Quando eles chegam a casa com ela tesa é que nós ficamos contentes...
(Confesso que me custa bastante entender as mulheres!)
1 comentário:
Elas também não são para compreenderem.
Se a Rapoza tem sete manhas e a mulher tem manha de sete razpozas imagina o que seria preciso para as conhecer!!!
É um gado que não é nada fácil de domesticar.
Mas se calhar a culpa é do macho que não tem capacidade de saber atraír a presa.
Mas é um gado com carne de tal forma apetitosa que com o decorrer dos anos nos vamos apercebendo do seu valor.
Também não vale a pena as entender, porque se fosse tudo certinho, não dava certo nem a vida fazia sentido.
É nos desencontros que encontramos as linhas mestras para vencer esses novos desafios.
Tentá-las perceber e compreender o porquê das suas inconstantes reacções.
É a Esperança, É a Esperança.
Mas quando se tem Esperança vale a pena acreditar.
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