quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nem a propósito... (Comentando: Volta escudo, estás perdoado, do Blog do Virgílio)

Era dia de feira na Vila e, para lá se derigiam três donas de casa, para fazerem algumas compras no tempo dos escudos.
Dizia uma:
- Ontem, quando o meu marido chegou do trabalho, disse-lhe: precisava duns contitos para ir à feira.
- Está bem. Vou ver se te posso dar cinco notas de contos.
- Pensou durante a noite... e acabou por dar-me só duas. Com pouco dinheiro, nada faço.
- A outra, disse:
- Fiz a mesma conversa com o meu que disse que me daria duas. Por fim, acabou por me dar só uma. Assim, não compro nada.
- A terceira, disse:
- Vós ainda tivestes alguma sorte! Olhai, eu vou remediar com uns trocos que tinha na gaveta, porque ao pedir dinheiro ao meu marido, disse-me: 
Vês a carteira? Está tesa!
- Responderam as outras: 
Quando eles chegam a casa com ela tesa é que nós ficamos contentes...


(Confesso que me custa bastante entender as mulheres!)

1 comentário:

Valdemar Marinheiro disse...

Elas também não são para compreenderem.
Se a Rapoza tem sete manhas e a mulher tem manha de sete razpozas imagina o que seria preciso para as conhecer!!!
É um gado que não é nada fácil de domesticar.
Mas se calhar a culpa é do macho que não tem capacidade de saber atraír a presa.
Mas é um gado com carne de tal forma apetitosa que com o decorrer dos anos nos vamos apercebendo do seu valor.
Também não vale a pena as entender, porque se fosse tudo certinho, não dava certo nem a vida fazia sentido.
É nos desencontros que encontramos as linhas mestras para vencer esses novos desafios.
Tentá-las perceber e compreender o porquê das suas inconstantes reacções.
É a Esperança, É a Esperança.
Mas quando se tem Esperança vale a pena acreditar.