segunda-feira, 28 de março de 2011

Vinhos: Cabeça de Burro, branco e tinto...





Quando me sentei à mesa
Não fazia a menor ideia
Que ao servir-me com gentileza
Me trouxeram um bela ceia

Comi até não poder mais
Ficou a abarrotar a minha pança
Na linda terra de Vinhais
Muito perto de Bragança

Vinho: tinto ou branco?
De preferência, maduro;
Mas para meu espanto
Desconhecia o Cabeça de Burro!

Existe cada baptismo, invulgar
Que não escapam ao ateu
Depois de comer e pagar
O cabeça de burro, sou eu

Lá que o vinho era bom
E, se dúvidas houvesse
À beira do garrafão
Cada vez, mais apetece

O pior, é segurar o burro
Que só anda aos pinotes!
Mas, se o vinho era maduro
Como causa tais desnortes?

Por fim, pude confirmar
Deve-se beber com calma;
É que o vinho, se calhar
Dá-nos cabo da alma

Saí de canto em esquina
Cada passo, cada tropeço
Soube que , depois da vindima
O "burro" precisa de cabresto

Levado de empurrão, ao colo
Bêbado, meteram-me na cama
Porque esta de beber mais um golo
Não nos livra da fama

Burros de rédea solta
Que formam uma manada
Sentem-se à nossa volta
Cabeças de burro de cara inchada

Para outra vez, evito beber demais
Porque me faz andar a trote
Correndo leiras e quintais
Chegando a casa a galope...

TIC



Geração do à rasca e também do panasca...

Na manifestação do à rasca
Ali junta da Rotunda
Depois daquela borrasca
Ninguém quis a minha bunda

Apesar de ser honesto
Naquela grande confusão
Dar o corpo ao manifesto
Era a minha grande paixão

Mas, como tudo na vida
Nada protege os panascas
Tornou-se numa falsa partida
Esta meta dos arrascas

Procurei por todos os cantos
Esbracejei como um safado
Torci o corpo em relâmpagos
Mas não deu resultado

Não havia militares
A farda desapareceu
Para o azar dos azares
Outros, pescavam como eu...

Esta Lisboa de outrora
De fartura, deu em crise
Procura, parece que agora
Já não há quem precise?

Dos arrascas, caramba
Não colhi nada de sonho
Do Parque Duarte VII, sem desalma
Até ao Conde Redondo

Fui até à Assembleia
O Decreto saiu ali, aprovado
Mas, levar no cú, que ideia
Começa a ficar muito caro

Há muitos com essa veia
Mas é preciso ser deputado
Fora disso, a coisa pouco rabeia
Passa a ser complicado

Onde é que eu ouvi disto?
Repugna-me esse falhanço
Porque, qualquer ministro
Concorda com o balanço

Conclui, que são mais os paneleiros
Que a gente que se diz honesta
Então, sem olhar a terceiros
Entram todos na mesma festa

E, isto não tem fim, nem termo
Cada vez, alastra-se para pior;
Mesmo dentro do governo:
Quem será o homossexual maior?

Vim embora desconsolado
Mas vou manter-me sempre cortez;
Vou lavar o cú e perfumá-lo
Para ter mais sorte  noutra vez...

Estou velho, pouco valho
É fraca a minha carcaça;
Porque, também do meu rabo
Ninguém o quer, nem de graça...

TIC

Assunto: FMI na Grécia

Na Grécia, o FMI deu nisto. Com as devidas proporções preparem-se para aquilo que nos pode sair na rifa.


Sector Público



Corte do subsídio de férias e natal para todos os empregados públicos que ganhem mais de 3000€/mês brutos. Quem ganhar menos de 3000€ vai receber 250€ pela Páscoa, 250€ no Verão e 500€ no Natal;



Reduzir os subsídios de 8 a 20% no sector público estado e 3% nas empresas públicas



Uniformizar todos os salários pagos pelo estado;



Congelar todos os salários do sector público até 2014.



Sector Privado



Chegou-se a um acordo colectivo, assinado em 15 de Julho, pelo qual os empregados do sector privado na Grécia continuam a receber o seu salário anual em 14 pagamentos (chegou a ser sugerido que passa-se para 12 pagamentos). Não houve aumentos em 2010 e prevê-se aumentos de 1.5 a 1.7% para 2011 e 2012 – muito abaixo da inflação actual que ronda os 5.6%.


Imposição de um imposto aplicado uma única vez às empresas que tenham tido mais de 100 000€ de lucro em 2009:


100 000 a 300 000: 4%;
300 001 a 1 000 000: 6%;
1 000 001 a 5 000 000: 8%;
Mais de 5 000 000: 10%.



Alargar os limites pelos quais os empregadores podem despedir funcionários:



Empresas com até 20 empregados: sem limite;
Empresas com um número de empregados entre 20 e 150: até 6 despedimentos por mês;
Empresas com mais de 150 empregados: até 5% dos efectivos ou 30 despedimentos por mês.



Redução das indemnizações por despedimento, que também poderão ser pagas bimensalmente;



Pessoas jovens, com menos de 21 anos podem ser contratadas durante um ano recebendo 80% do salário mínimo (592€). O pagamento da segurança social também será apenas de 80% e findo o ano de contrato têm direito a ingressar nos centros de emprego;



Pessoas com idades entre os 15 e os 18 anos podem ser contratadas por 70% do salário mínimo, o que dá 518€;



Os empregados considerados redundantes não podem contestar o despedimento a menos que o empregador concorde;



Empregados pela primeira vez, com menos de 25 anos, podem ser pagos abaixo do salário mínimo;



Pessoas que auto empregadas com OAEE (sistema de seguro para empresários em nome individual), que por qualquer motivo não tenham trabalho, são cobertos pelo seguro durante até dois anos desde que:



Tenham trabalhado um mínimo de 600 dias, mais 120 por cada dia acima dos 30 anos até terem chegado aos 4500 dias ou 15 anos de trabalho;
Não estejam segurados por um seguro do sector público.



Liberalização das profissões ou sectores fechados (são aquelas profissões ou sectores que necessitam de autorizações do estado ou que estão altamente reguladas, tais como notários, farmácias, cirurgiões, etc.). Esta medida não foi implementada dado que há processos a decorrer no Tribunal Europeu;



Cancelar o segundo pagamento de pagamentos de solidariedade (NT: não sei muito bem a que se referem estes pagamentos.);



Aumentar as contribuições para a segurança social em 3%, tanto para empregados como empregadores.



Pensões/Reformas



Notar que a reforma do sistema de pensões já tinha sido discutida muito antes da entrada do FMI, mas nunca tinha sido implementada. A Grécia tem uma percentagem desproporcionada de população idosa, cerca
de 2.6 milhões e uma população activa na ordem dos 4.4 milhões, isto para uma população total de 11.2 milhões. Isto obriga o estado a contrair empréstimos para poder efectuar os pagamentos mensais.
A 8 de Julho aprovou um conjunto de princípios depois de terem sido efectuadas mais de 50 emendas à lei. As medidas mais importantes foram:



Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas que recebam mais de 2 500€/mês brutos. Aqueles que ganhem menos de 2500€ vão receber 200€ pela Páscoa, 200€ pelo Verão e 400€ no Natal;


Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas com menos de 60 anos, excepto para aqueles que tenham o número mínimo de anos de contribuição, tenham menos dependentes ou estudantes com menos

de 24 anos a viver na mesma casa;



Todas as pensões congeladas até 2013;



Calculo das pensões tendo em conta toda a carreira contributiva. Vai estar em vigor um sistema de transição até 2015;



Passagem da idade de reforma no sector público e privado para os 65 anos;



Ajustes da idade de reforma tendo em conta a esperança média de vida a partir de 2020;



As pessoas podem-se reformar a partir dos 60 anos com penalizações de 6% por cada ano, ou aos 65 anos com pensão completa depois de 40 anos de serviço. A partir de 2015 ninguém abaixo dos 60 se poderá reformar;



Os trabalhadores que tenham trabalhos de desgaste rápido podem reformar-se a partir dos 58 anos (antes era 55) a partir de 2011;



Desconto para um fundo de solidariedade social (LAFKA), a ser feito pelos pensionistas que ganhem mais de 1400€, a partir de 1 de Agosto de 2010:



1401 a 1700: 3%;
1701 a 2300: 5%;
2301 a 2900: 7%;
2901 a 3200: 8%;
3201 a 3500: 9%;
Mais de 3500:10%.



Aumento da idade de reforma para mães trabalhadoras:



No sector privado: para 55 (era 50) em 2011, 60 em 2012 e 65 em 2013;
No sector público: para 53 em 2011, 56 em 2012, 59 em 2013, 62 em 2014e 65 em 2015;
Com três filhos: 50 em 2011, 55 em 2012 e 60 em 2013.



Retirada da pensão aos ex-empregados públicos que sejam apanhados a trabalhar e tenham menos de 55 anos; Corte em 70% se tiverem mais de 55 anos e se a pensão for mais de 850€/mês. A partir de 2011;



Limitar a transferência de pensão de pais para filhos segundo critérios de idade e rendimento, o que inclui o pagamento de 26 000 a filhas divorciadas ou solteiras de empregados bancários e empregados públicos. Se os filhos podem receber duas destas transferências, apenas receberão uma delas, a maior, a partir de 2011;

A pensão completa pode ser transferida para viúvas(os) se a data da morte ocorreu após cinco anos de casamento e o cônjuge vivo tem mais de 50 anos e se certos parâmetros de rendimentos são cumpridos. No
entanto, durante os primeiros três anos após a morte os pagamentos serão retidos;


Estabelecimento de uma pensão mínima garantida de 360€;



As pensões não devem exceder 65% do rendimento auferido enquanto se trabalhava (anteriormente este número podia chegar aos 96% baseado nos últimos anos de trabalho e nos mais bem pagos);



Os que não pagaram segurança social podem receber a pensão mínima desde que tenham mais de 65 anos, não tenham rendimentos e que vivam há mais de 15 anos na Grécia;



Fusão dos 13 fundos de pensão Gregos até 2018. Os fundos dos trabalhadores por conta de outrem, agricultores, empresários em nome individual e trabalhadores do sector público, serão integrados na segurança social até 2013;



Reduzir o número de fundos que servem os advogados, engenheiros, jornalistas e médicos;



Reforma completa das condições de reforma dos militares e forças de segurança o que inclui aumentar a idade de reforma e a remoção de bónus especiais;



Impostos



IVA: todas as taxas de IVA foram aumentadas 10%: 5 para 5.5%, 10% para 11% e 21 para 23%;



Imposto sobre tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis: imposto adicional de 10%;



Imposto em automóveis de luxo (novos e usados): 10 a 40% baseado no valor em novo e no valor de mercado;



Publicidade na TV: toda a publicidade na TV está sujeita a um imposto de 20% a partir de 2013;



Imposto especial de 1% para aqueles que tenham um rendimento líquido de 100 000€ ou mais.


(Esta situação, que podemos classificar de calamidade nacional, chegou a este ponto por causa dos grandes ordenados e balúrdios que são metidos no bolso dos tubarões públicos e privados deste país).


Com Amizade



E Web Rep Overall rating



quarta-feira, 23 de março de 2011

Os Sete Pecados Mortais nas Organizações ou Governos...

Pensar a empresa seguindo determinado paradigma é útil e adequado, mas pensá-la em termos de valores parece ampliar bastante esta visão e com isso podemos perceber com mais clareza os factores que influenciam a motivação, isto é, o quanto as pessoas se dão para a empresa.
Percebi que a maioria dos factos que aconteciam e freavam o crescimento das pessoas na empresa eram os 7 Pecados Capitais. A ideia de pecado não tem conotação religiosa. Pecar vem de "pecare"que significa "errar de algo ". Sempre que "pecamos", erramos de algo.
Conhecer quais são os 7 pecados capitais, suas consequências nas organizações, nos relacionamentos e exemplificá-los é o objectivo desta reflexão.
A IRA: Tem como sinónimos a raiva, a cólera, agressividade exagerada. Se pararmos para observar, encontraremos nas empresas várias cenas que ilustram esse pecado. As origens da ira podem ser por meticulosidade, por perfeccionismo ou até mesmo por desqualificar nossa capacidade de solucionar problemas bem como a importância desses problemas.
Basicamente a atitude mental que está por trás da ira é "quero destruir’ ou "eu quero e você deve". Como ficaria esta atitude em termos de gestão? Como será o processo de tomada de decisão sob o impacto da ira? Certamente o mais destrutível possível, com ranço de autoritarismo, desrespeito e baixo clima de confiança mútua entre o gestor e sua equipe. Uma maneira de detectarmos a manifestação da ira é observar a destruição do património da empresa bem como a expressão facial das pessoas. Por baixo de toda ira quase sempre detectamos medo: de errar, de expressar-se de outra maneira, de perder espaço, etc. Ao invés de tremer as pessoas atacam para defender-se de seus fantasmas.
A GULA: No sentido literal, gula é o excesso no comer e beber, na sua simbologia maior significa voracidade. A característica da gula é engolir e não digerir. A gula pode ser entendida como gula intelectual inclusive, o sentido que está por trás da gula é o de estar funcionando abaixo das nossas potencialidades. A sensação é de que não estamos fazendo tudo que o nosso potencial permite, que estamos vivendo sem atender nossas expectativas.
A atitude mental básica é: necessito aprender tudo. Um exemplo da gula nas organizações é quando compram-se equipamentos de última geração desnecessariamente ou quando os gestores centralizam o processo decisório e as informações visivelmente observado nas mesas cheias de papéis.
A gula vai influenciar tanto nos relacionamentos quanto na produtividade das pessoas.
A INVEJA: É o desgosto ou pesar pelos bens do outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça. O slogan que define a inveja é: Ele é mais do que eu, também quero" a inveja nos faz perder o contacto com nossas reais possibilidades.
Nas organizações podemos entender quando não há apoio das chefias para determinados projectos, quando alguém tenta apagar o seu "brilho", vemos também a procrastinação e os processos de "fritura", geralmente quando o discurso é de um jeito e as acções não são coerentes com ele.
Esses pecados não são claros, não são declarados.
O que deixa a inveja bem caracterizada é a sua expressão pelo comportamento não verbal, o olhar, principalmente.
Não devemos confundir a competição com a inveja. Esta última é um sentimento negativo que pode transformar o processo de competição em algo destrutivo.
O ORGULHO: É o brio, a altivez, a soberba. A sensação de que "Eu sou melhor que os outros" por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a realidade. Surge com isso a necessidade de aparecer, de ser visto passando inclusive por cima de padrões éticos e vendo os outros colaboradores ou colegas minimizados. Podemos criar a imagem de pavões relacionando-se na empresa o que certamente trás resultados desastrosos. Podemos citar o exemplo de gestores que tomam determinadas decisões por questões de orgulho pessoal ferindo muitas vezes as metas organizacionais mas com o único objectivo de dar vazão a este sentimento.
A AVAREZA: Define-se como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de escassez. A avareza pode ser percebida no quotidiano das empresas levando ao slogan: "Não tenho confiança em ninguém" logo terei avareza com as informações que me chegam as mãos, com a expressão dos sentimentos e opiniões em relação aos projectos que estou envolvido, etc. Economizo pensamentos, sentimentos e acções pois não consigo lidar com a diversidade, com a transparência entrando num clima defensivo. Em termos de gestão de pessoas podemos apontar a tendência a centralização como gesto avarento nas organizações.
A PREGUIÇA: É definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é: "Não necessito aprender nada", levando a um movimento freador das ideias e acções dentro das organizações que no quotidiano e traduzido pelo "deixa para depois".
A LUXÚRIA: É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais. Nas empresas este pecado é identificado pelo assédio sexual: em nome da posição hierárquica "Desfruto do poder de dominar." Aparece com isso a grande dificuldade de relacionamento entre homens e mulheres nos ambientes organizacionais, reforçando heranças culturais arraigadas bem como dificuldades emocionais de expressar a afectividade de forma saudável.
Faz-se necessário perceber de forma ampliada os factores que influenciam a gestão de pessoas nas organizações e o seu grau de maturidade para compreender melhor os processos decisórios, a motivação e a qualidade de relacionamento.
Os factores culturais, os paradigmas administrativos bem como a saúde emocional das pessoas que trabalham juntas parecem somarem-se num todo coerente e explicativo para o grau de desempenho e competências exigidos no modelo de gestão actua.
Os sentimentos envolvidos nos Pecados Capitais por si só não são negativos. O negativo é alimentá-los e agir sob o efeito deles não combatendo-os nem trazendo novas alternativas de comportamento, minando com isso o crescimento e o fortalecimento das competências dentro das organizações.

Os sete pecados mortais do PS, segundo Ana Benavente...

1. Adoptou "políticas neoliberais e, portanto, abandonou a matriz ideológica socialista";

2. "Autoritarismo interno e ausência de debate, empobrecendo o papel do PS no país";
3. "Imposição de medidas governativas como inevitáveis e sem alternativa, o que traduz dependências nacionais e internacionais não assumidas nem clarificadas para o presente e o futuro";
4. "Marketing político banal e constante, de par com uma superficialidade nas bandeiras de modernização da sociedade portuguesa";

5. "Falta de ética democrática e republicana na vida pública e na governação";
6. "Sacrifício de políticas sociais construídas pelo próprio PS em fases anteriores";

7. "Falta de credibilidade, quer por incompetência quer por hipocrisia, dando o dito por não dito em demasiadas situações de pesadas consequências".

Mas Ana Benavente, ex-dirigente nacional do PS, que integrou o secretariado quando Ferro Rodrigues foi líder, não se fica por aqui e faz ainda mais acusações:
- “[A liderança de Sócrates] tornou-se autocrata, distribuindo lugares e privilégios, ultrapassando até o 'centralismo democrático' de Lenine que tanto criticámos. Alimentando promiscuidades que recuso."

- "Sócrates e os seus amigos serviram-se de uma ideologia incompatível com a essência do socialismo democrático."
- "O PS hipotecou o seu papel na sociedade portuguesa e deixou-nos sem perspectivas de um futuro melhor. Assumiu o papel que antes pertencia aos centristas do PSD, ocupou o seu espaço e tornou o país mais pobre, política e economicamente.”

Ora, o nosso homem, chegou apenas ao PECado IV, mas se continuasse nesta decadência, dentro de mais algum tempo, atingia o PECado VII. Quem assim tanto peca, precisa sem dúvida de ser confessado. Dessa confissão se encarregará o Presidente da República, que se supõe, lhe aplicará uma penitência pesada...

terça-feira, 22 de março de 2011

Descarado e com lata...

Todos nós conhecemos sempre alguém com notáveis capacidades para dar a volta ao texto ou virar o bico ao prego. Muitas vezes ultrapassando mesmo o limite da decência e entrando na zona de fazer dos outros parvos.
São os que nunca têm culpa de nada, que sacodem a água do capote, que atiram a pedra e escondem a mão, enfim, os que são sempre vítimas e nunca responsáveis. Mesmo perante as evidências, têm sempre um argumento final: acreditam mais em mim ou nos vossos olhos mentirosos? Estamos perante os despudorados, cheios de lata e sem vergonha.
Determinação, coragem e certeza do caminho é outra coisa. São inclusive virtudes de carácter. Não desvios. Por vezes, confunde-se teimosia, obsessão e mentira repetida com firmeza e personalidade forte. Mas há uma fronteira entre estes dois comportamentos: é a linha da seriedade intelectual.
O Senhor Primeiro-ministro já passou esta linha há muito tempo. Infelizmente! Está mesmo na fase de se fintar a ele próprio, depois de grandes fintas ao País. Com a mesma cara. Com a mesma lata. É uma overdose de descaramento. Como é possível passar a vida em manobras intelectuais, transformando os seus próprios erros em pérfidos argumentos de defesa? Como é possível transformar a desgraça governativa num espartilho de opções para campanha eleitoral como se nada fosse responsabilidade sua?
É do pretexto que este Primeiro-ministro vive. O pretexto tem sido o lema do seu sinuoso comportamento político. Nada é consistente. Nada é rigoroso como os tempos exigem. Nada é transparente. Toda a governação vai a reboque da sua agenda de circunstância, é o vale-tudo para ultrapassar as suas dificuldades políticas; de pulo em pulo até ao abismo social. É o oportunismo irresponsável em todo o seu esplendor. É o egoísmo político como marca de uma governação fracassada. É este esgotado "agora é que vai ser" de braço dado com o estoirado auto-elogio de "salvador da pátria" que tem sido a música de fundo de um striptease das referências morais e de confiança de que Portugal tanto precisa. Quero crer que chegámos ao fim. O rei vai nu!
Já só não vê quem não quer ver. Já não é habilidade política, é deturpação maníaca da realidade. Daqui para a frente, não é só o descarado compulsivo que tem culpa, somos todos nós se formos na conversa da treta.
"Resume-se o homem numa só palavra: Mentiroso compulsivo! E tantas vezes mente, que acaba por interiorizar que as suas mentiras são de facto verdades. Ou então, padece de alguma doença maníaco-compulsiva."

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Presidente que não quis ser rei...

George Washington foi o primeiro Presidente dos Estados Unidos e do mundo. As repúblicas existem há milhares de anos, mas os seus líderes usavam outros títulos, como cônsul, doge ou capitão-regente.
No auge da sua popularidade como comandante das tropas americanas que desafiavam a coroa britânica, George Washington chegou a ser desafiado por um grupo mais entusiasmado de patriotas a tornar-se ele próprio rei dos futuros Estados Unidos. Mas nem as remotas origens aristocráticas que faziam dele, um longínquo descendente de Eduardo III de Inglaterra, um monarca do século XIV, deixaram que a sugestão lhe subisse à cabeça. Aliás, o fazendeiro da Virgínia, veterano das guerras contra franceses e índios e líder militar da revolução americana, sempre se mostrou avesso aos cargos de poder. E foram precisos muitos argumentos para o retirarem do seu refúgio de Mount Vernon (onde se recolhera em 1783 assim que foi reconhecida a independência) e assumir, primeiro, a presidência da convenção constitucional e, depois, a presidência da nova república americana. Eleito e reeleito sem rival, Washington limitou-se a ser Presidente por dois mandatos, entre 1789 e 1797, pretendendo dar o exemplo de que nenhum cargo pertence toda a vida a uma pessoa. Uma vez mais mostrava distância para com a tradição real, apesar de na juventude ter sido um súbdito leal. E para a história ficou, se não como o primeiro líder republicano, certamente como o primeiro dos presidentes. Antes dele, as repúblicas eram lideradas por cônsules, doges ou capitães-regentes. Em Outubro de 2008, em vésperas das eleições presidenciais que poriam Barack Obama na Casa Branca, a Newsweek descobriu no Texas aquele que seria hoje Paul I dos Estados Unidos se Washington tivesse aceitado ser coroado. Casado com Marta, o primeiro Presidente dos Estados Unidos não deixou descendência, tendo sim adoptado os filhos da sua mulher, já viúva quando o matrimónio entre ambos se realizou. Mas os seus irmãos tiveram vários filhos e filhas e hoje haverá nos Estados Unidos oito mil pessoas que se podem reclamar da família do primeiro Presidente. Cerca de duzentos são homens que usam o apelido Washington e a revista identificou, com ajuda de genealogistas, que Paul Emery Washington, então com 82 anos, teria direito à coroa americana se esta tivesse alguma vez existido. Tudo porque descende por dupla linhagem de Samuel, o irmão mais velho de Washington, que até foi uma espécie de segundo pai para o futuro Presidente quanto este ficou órfão aos nove anos. Mas nem Paul Emery nem os filhos, três homens e uma mulher, são grandes entusiastas da causa monárquica, apesar do orgulho natural de se chamarem Washington. E em regra os próprios americanos também não, pois mesmo em 1776, quando declararam a independência, os pais fundadores tinham já em vista uma república, sistema mais apropriado à ideia, escrita por Thomas Jefferon, de que todos os homens nascem iguais. Mas mesmo republicano convicto, o eleitorado americano já várias vezes mostrou o seu fascínio pelas dinastias, fosse pela dos Kennedy, que porém só lhes deu um Presidente, fosse pela dos Adams ou pela dos Bush, famílias poderosas que já tiveram dois dos seus membros nessa Casa Branca construída em 1800 na capital baptizada de Washington. Nascido em 1732, Washington morreu em 1799. No seu testamento, libertou o seu criado pessoal, a quem conferiu uma pensão permanente, e ordenou que os escravos da família fossem emancipados no momento da morte de Marta. Perdoou as dívidas da família do seu irmão Samuel (o antepassado do empresário texano Paul Emery) e doou espadas a cada um dos cinco sobrinhos. Não havia, contudo, qualquer coroa para transmitir. Dos strategos ao Presidente. A palavra Presidente bem pode vir do latim e significar aquele que está à frente, mas a República Romana (509 a.C. - 27 a.C.) preferiu sempre chamar cônsules aos seus líderes, até que Augusto a substituiu pelo Império. Já na Democracia Ateniense, que teve o seu momento de esplendor no século V a.C., a palavra strategos servia para designar o chefe político máximo. Péricles foi o mais célebre dos strategos, palavra que costuma ser traduzida por general. Outras repúblicas recorreram também às designações militares para nomear o seu líder, como é o caso de São Marino, desde a época medieval chefiada por um capitão-regente, ou a República Holandesa, que durou dos séculos XVI ao XVIII e sempre foi encabeçada por um lugar-tenente. Já a República Veneziana, que existiu durante mil anos até ser conquistada por Napoleão em 1797, usava a expressão «doge» para o seu líder eleito, palavra que vem do latim dux. Quanto à República Suíça, fundada no século XIII, só a partir de 1848 passou a ter um Presidente. Aliás, data do mesmo ano o primeiro Presidente francês, Luís Bonaparte, mais tarde imperador como o foi o seu tio Napoleão. Na sua primeira versão, a República Francesa, ainda no século XVIII, foi liderada por directores e depois por cônsules. Foram assim os Estados Unidos a inventar o Presidente da República, com George Washington em 1789. O modelo foi imitado primeiro nas repúblicas latino-americanas e só mais tarde na Europa. Hoje, Presidente é o título mais comum para um chefe do Estado. Usam-no cerca de centena e meia de países de todos os continentes.
(Um exemplo, para aqueles que pensam que tudo será deles: os ditadores, os prepotentes e tiranos que este mundo, muito ironicamente, ainda contém…)

domingo, 20 de março de 2011

A tentação da riqueza... para meditar!

Uma das grandes tentações de sempre e mais ainda do nosso tempo é a ânsia da riqueza: querer possuir muito, “ter” cada vez mais. E esta tentação sôfrega leva à corrupção, à exploração nos salários, à desonestidade nos contractos, à usura nos empréstimos, à avareza na forma de viver, ao roubo nas partilhas, a vigarices de toda a espécie, etc.
A fome de riqueza entontece, cega e cria indiferença para como os famintos e miseráveis que muitas vezes moram e são nossa vizinhança.
Certo homem ávido e cego pelo ouro entrou numa ourivesaria repentinamente, onde estavam bastantes pessoas. Agarrou vários objectos de ouro e fugiu. Foi apanhado por um policial, que lhe disse: estava lá tanta gente, como te atreveste a roubar o ouro?
- Eu vi tanto ouro que nem me apercebi da gente que lá estava! – Respondeu o ladrão.
Realmente o ouro, o dinheiro, a riqueza em abundância, cegam a humanidade: não deixam ver a gente pobre, atulhada no caos da miséria…
A sede de riqueza é uma doença contagiosa que não deixa abrir o coração para este mundo de angústias aumentadas pela crise que atravessamos.
As pessoas ao serem tocadas pelo cancro da ambição, apenas olham para si próprias e para os mais diversos ídolos oferecidos pelo dinheiro: a luxúria, o pagode, réveillons, comezainas, etc.
Há necessidade de ter cuidado, porque a sede de ouro não deixa ver a gente extremamente carente que nos rodeia.
Porém, também não encontramos exemplos dignificantes daqueles que governam diversos países, porque a saga da malvadez avarenta e corrupta, encaixa fortemente numa justiça impura, maligna e incapaz de lavar a face deste mundo, onde faltam a sensatez e o respeito pela dignidade humana dos mais humildes e necessitados…

TVP/VERDE

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sócrates e a filosofia da verdade...

A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os factos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em actos, palavras e carácter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e académicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.
Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o martelo".
Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade.
As questões tipicamente debatidas incluem:
O que pode ser classificado como falso ou verdadeiro?
Como definir e identificar a verdade? A verdade é subjectiva, objectiva, relativa ou absoluta?
O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais.    
Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjectiva, talvez determinada pela introspecção. O facto do livro estar sobre a mesa é objectivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas.
Definição de verdade
A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos, e confirmada por equações matemáticas e linguísticas formando um modelo capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas coordenadas.
Uma outra visão do que é verdade
Verdade é um resultado lógico (verdadeiro ou falso) de uma operação mental que depende de dois tipos de conjuntos de juízos: juízos a priori e a posteriori.
Os juízos a priori são conhecidos pela mente antes da realização da experiência, exemplo: a linha recta é a menor distância entre dois pontos.
Os juízos a posteriori dependem do resultado final de uma experiência científica, que deve ser realizada inúmeras vezes para que exista a comprovação de que um fenómeno sobre determinadas condições só produz um único tipo de resultado que pode ser verdadeiro ou falso.
Não existem mecanismos científicos totalmente eficazes de se prever acontecimentos futuros, dado ao facto da realidade poder ser alterada por elementos não possíveis de serem previstos pelo conhecimento humano.
As condições de tempo e espaço não estão sobre o domínio do homem.
A verdade é um facto.
O portador da verdade
Os filósofos chamam qualquer entidade que pode ser verdadeira ou falsa de portador da verdade. Assim, um portador da verdade, no sentido filosófico, não é uma pessoa ou Deus.
Para alguns filósofos, alguns portadores da verdade são primitivos; outros são derivados. Filósofos dizem, por exemplo, que as proposições são as únicas coisas literalmente verdadeiras. Uma proposição é uma entidade abstracta a qual é expressa por uma frase, defendida em uma crença ou afirmada em um juízo. Nossa capacidade de apreender proposições é a razão ou entendimento. Todas essas manifestações da linguagem são ditas verdadeiras apenas se expressam, defendem ou afirmam proposições verdadeiras. Assim, frases em diferentes línguas, como por exemplo o português e o inglês, podem expressar a mesma proposição. A frase "O céu é azul" expressa a mesma proposição que a frase "The sky is blue".
Já para outros filósofos proposições e entidades abstractas em geral são misteriosas, e por isso pouco auxiliam na explicação. Por isso tomam as frases e outras manifestações da linguagem como os portadores da verdade fundamentais.
Ou seja a verdade para a filosofia e uma coisa única e contraditória pela Mentira.
Entre as muitas afirmaçoes sobre a verdade, uma em geral é bastante clara sob o ponto de definição de verdade:
Tipos de verdade
Verdade material é a adequação entre o que é e o que é dito.
Verdade formal é a validade de uma conclusão à qual se chega seguindo as regras de inferência a partir de postulados e axiomas aceitos.
É uma verdade analítica a frase na qual o predicado está contido no sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos são mamíferos".
É uma verdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no sujeito.
Sofisma é todo tipo de discurso que se baseia num antecedente falso tentando chegar a uma conclusão lógica válida.
Teorias metafísicas da verdade
Verdade como correspondência ou adequação
A teoria correspondentista da verdade é encontrada no aristotelismo (incluindo o tomismo). De acordo com essa concepção, a verdade é a adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que se dá na mente.
A verdade como correspondência foi definida por Aristóteles no tratado Da Interpretação, no qual ele analisa a formação das frases suscetíveis de serem verdadeiras ou falsas. Uma frase é verdadeira quando diz que o que é é, ou que o que não é não é. Uma frase é falsa quando diz que o que é não é, ou que o que não é é.
O problema dessa concepção é entender o que significa correspondência. É um tipo de semelhança entre o que é e o que é dito? Mas, que tipo de semelhança pode haver entre as palavras e as coisas?
O método científico, por exemplo, estabelece procedimentos para se realizar essa correspondência. Nesse caso um juízo de verdade V é então legitimado, de forma tal que a comunidade de cientistas (que partilham entre si conhecimento e experiências) aceita/certifica como verdadeira a proposição P, oriunda da correspondência realizada entre P(V) e a "realidade empírica", via método científico.
Definição de Verdade por correspondência segundo Dicionário de Filosofia Abagnano
1ºO conceito de V como correspondência é o mais antigo e divulgado. Pressuposto por muitas das escolas pré-socráticas, foi pela primeira vez, explicitamente formulado por Platão com a definição do discurso verdadeiro que dá no Cratilo: "Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso é aquele que as diz como não são." (Crtas.,385b;v.Sof.,262 e; Fil.,37c). Por sua vez Aristóteles dizia: "Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade." (Met.,IV,7,1011b 26 e segs.;v.V,29.1024b 25).
Aristóteles enunciava também os dois teoremas fundamentais deste conceito da verdade. O primeiro é que a verdade está no pensamento ou na linguagem, não no ser ou na coisa (Met., VI,4,1027 b 25). O segundo é que a medida da verdade é o ser ou a coisa, não o pensamento ou o discurso: de modo que uma coisa não é branca porque se afirma com verdade que é assim; mas se afirma com verdade que é assim, porque ela é branca. (Met., IX, 10,1051 b 5).
Desmenção
De acordo com a teoria desmencionista da verdade, para chegarmos à verdade de uma proposição basta tirarmos as aspas da mesma. Por exemplo, a proposição "A neve é branca" é verdadeira se, e somente se, a neve é branca.
Deflacionismo
De acordo com o deflacionismo, o predicado de segunda ordem "É verdade que …" não acrescenta nada à frase de primeira ordem à qual ele é aplicado. Por exemplo, não há nenhuma diferença lógica entre a frase "É verdade que a água é molhada" e a frase "A água é molhada".[1]
Desvelamento
Segundo esta concepção, verdade é desvelamento. Conhecer a verdade é deixar o ser se manifestar. É estar aberto para o ser. Nas versões modernas do desvelamento, mais pragmáticas, a verdade é algo "sempre em construção", e que portanto sempre vai possuir "valor verdade" inferior a 100%.
Pragmatismo
Para o pragmatismo a verdade é o valor de uma coisa. É típico de pragmatistas como Richard Rorty a oposição à posição correspondentista. Caso este verbo seja VTDI
Em Habermas a verdade se confunde com a validade intersubjectiva, ou consenso. Se uma proposição não é submetida ao crivo da comunidade, nada se pode dizer sobre sua falsidade.
No Empirismo o pragmatismo não se opõe à correspondência, mas se funde a ela: a "verdade empírica" como correspondência obtida por consenso na comunidade científica.
“Falta falar da filosofia de Sócrates: para ele, as mentiras só existem contra si mesmo; as verdades saem da sua boca com uma velocidade de míssil. Portanto, deduz-se que ele nunca mente! Sendo assim, proclama sempre a verdade que as mentiras escondem na sua camuflagem política de governação negativa… e as palavras verdade e mentira têm sete letras cada uma. É, apenas, uma questão de gosto ou escolha, mas ele tem-se saído bem a mentir…” (Verde)