sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano novo, farda nova...

Novo ano, farda nova,
Que na abertura do alcaxe
Qualquer um lhe tirava a prova
Se lhe dessem essa praxe.
Marinheiros em terra
Gaivotas a voar
Na Marinha de Guerra
Aptos para triunfar.
Com estes olhos bonitos
E lábios sensuais
 Mitigavam os famintos
Com energia demais
E punham outros aflitos
Quando atracassem ao Cais
Acabemos com os  atritos
Que para o ano há mais...

Ano Velho, Ano Novo!

Doze meses se passaram
Outros doze se vão iniciar
Uns velhos que tramaram
Os novos que irão começar

Ninguém gosta de ser velho
Mas, pensando com denodo
É a caminhar com relho
Que se reage de novo

Ano Novo, Ano Velho
Ano Velho, Ano Novo
Ambos têm 12 de mistério
E 365 de aflição, diz o povo

Em cada ano que passa
Há sempre esperança nova
Mas perde a sua graça
Quando vamos para a cova

Haja saúde, alegria e paz
E também muito amor
Que o governo não é capaz
De por isto melhor!

Dos formigos às filhós
Da ceia de Ano Novo e Natal
Que haja algo para nós
Neste mísero Portugal

Para os meus familiares
E para os amigos também
Que tenham lautos manjares
E que fiquem sempre bem

E deixando o Velho para traz
Com o Novo no horizonte
Que seja melhor o nato rapaz
Que o caducado de ontem

Um abraço para todos
Feliz Ano e Fraternidade
Que encham os vossos bolsos
De muitas notas e Felicidade...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Efeitos nocivos da anorexia...

Isabelle Caro tornou-se conhecida em 2007, ao expor o seu corpo esquelético perante a objectiva de Oliviero Toscani para denunciar os efeitos nocivos da anorexia.
Não se trata de deixar de comer, é uma questão relacionada com a mente, ou seja é uma doença do foro psiquiátrico. Informe-se primeiro, fale depois! " A fraqueza de espírito é o cancro da sociedade…

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Boleia do Banqueiro...

Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa, em sua limusina, quando viu dois homens à beira da estrada comendo relva. Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo, perguntou a um deles:
- Porque é que vocês estão comendo relva?
- Não temos dinheiro para comida… - disse o pobre homem. Por isso temos que comer relva.
- Bem, então venham à minha casa e eu lhes darei de comer - disse o banqueiro.
- Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
- Que venham também - disse novamente o banqueiro. E, voltando-se para o outro homem, disse-lhe:
- Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida, disse:
- Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!
- Pois que venham todos - respondeu o banqueiro.
E entraram todos no enorme e luxuoso carro. Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse:
- O senhor é muito bom. Obrigado por nos levar a todos!
O banqueiro respondeu:
- Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo! Vocês ficarão encantados com a minha casa… A relva está com mais de vinte centímetros de altura!
Moral da história:
Quando você pensar que um banqueiro o quer ajudar, não se iluda, pense mais um pouco...

(Tirada do Blog do Rafael)

"É isto, meus caros amigos. Quem brinca com o lume pode queimar-se... Mas estes banqueiros brincam com o dinheiro dos outros e ainda gozam com a miséria dos esfomeados. Quando é que nos livramos destes vampiros? Penso, que nem com a morte... Que o Ano Novo nos traga melhores princípios de modéstia e algum respeito pelos famintos, porque dos banqueiros, parece não haver nada a esperar a não ser a guilhotina!"
Bom Ano Novo para todos!




segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Cadeira Vazia... Para Reflectir.

A cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz ficou marcada, este ano, pela ausência forçada do laureado, o chinês Liu Xiaobo, um dissidente político condenado a onze anos de prisão. Em Oslo, a sua cadeira ficou vazia, um pormenor que tornou ainda maior o impacto mediático do acontecimento. Precisamente o contrário daquilo que o Governo de Pequim pretendia.
O regime de Pequim serviu-se de todos os meios diplomáticos para boicotar a cerimónia. Tentou impedir ou dificultar ao máximo o acesso dos seus cidadãos à transmissão do acontecimento, incluindo a que seria feita pela Internet. Manipulou os números relativos à presença dos países convidados, na tentativa de provar que a escolha de Liu Xiaobo não fora bem aceite pela comunidade internacional. Ameaçou e concretizou o cancelamento de acordos económicos com alguns países, a começar logo pela Noruega. Timor, por exemplo, não enviou qualquer representante, para não desagradar a uma superpotência económica de quem pode esperar ajudas importantes. Mesmo assim, e contrariando as contas do governo chinês, a grande maioria dos convidados esteve presente.
É bem conhecida aquela famosa expressão que invoca a paciência chinesa. No entanto, e neste caso concreto, o comportamento do governo de Pequim esteve longe de a justificar, podendo mesmo dizer-se que os seus responsáveis perderam a cabeça. A poucos dias da cerimónia da entrega do histórico galardão, criaram um prémio alternativo, a que chamaram Prémio Confúcio da Paz. Criaram o novo Prémio e, de imediato, escolheram o premiado: um ex-presidente de Taiwan, que se empenhara fortemente na aproximação da ilha rebelde à China comunista. Foi tudo muito rápido, demasiado rápido, acrescente-se, para ter credibilidade.
Nos meses que precederam a abertura dos Jogos Olímpicos, em Agosto de 2008, a China enfrentou um desafio semelhante. A situação no Tibete, e sobretudo o tratamento que o regime reservava ao Dalai Lama, colocaram a China sob uma fortíssima barragem de críticas. Pode dizer-se, no entanto, que os governantes de Pequim venceram o desafio. O êxito e o esplendor dos Jogos superaram todas as críticas.
A China vai sair bastante ferida deste processo, mas tudo indica que, mais uma vez, o regime ultrapasse a crise. Daqui a alguns anos, poucos se lembrarão da cadeira vazia…“A propósito, nas Festas Natalícias e de Ano Novo, ficam também algumas “cadeiras vazias”, porque os seus ocupantes já partiram do convívio dos vivos. É nos momentos de euforia festiva que, nós também sentimos, essa ausência dolorosa, sem que dela possamos fugir, que nos mergulha num silêncio mórbido e nos corrói a alma pela falta dos entes queridos… Mais ainda, porque, são já periclitantes os passos que damos sobre este Paraíso Terreal que, mais dia, menos dia, nos irá devorar…
Sem sombra da mais pequena dúvida, nem o Prémio Nobel da Paz, quer pelo seu valor monetário ou pelo seu laureado, teve ou têm os significados de valor ou importância para este governo chinês, que prefere dar cães a comer ao seu povo do que festejar tão grande galardão atribuído a um membro da sua comunidade.”
Que o Natal e o Novo Ano consiga melhorar as miopias destas gentes! Parece que vêem mal. Seus olhos são em bico; são olhos de chinês…

Boas Festas de Natal e Ano Novo


É no Natal e Ano Novo que mais sentimos a falta dos nossos membros da família à volta da mesa da consoada, porque estes dias festivos são elos fortes de ligação das verdadeiras células familiares.
Os cristãos têm como base essencial de imitação a Maravilhosa e Santa Família de Nazaré!
É nessa base que assentamos a grande pirâmide de entendimento entre todos os homens e mulheres a quem muito dignamente chamamos de irmãos em Cristo Jesus!
Festejando o nascimento do Salvador, queremos compartilhar convosco o grande amor fraternal que nos une e fortalece.
Boas Festas de Natal e um Feliz Ano Novo 2011

Maria Esperança/Agostinho Teixeira















quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os Capões da Feira de Santa Luzia, em Freamunde, Paços de Ferreira.












Há quem não conheça a verdadeira história dos Capões. Também não vou contá-la pormenorizadamente... mas dizer-vos que ela tem duas versões:
É na Feira de Santa Luzia (13 De Dezembro) que, tradicionalmente se realiza a Feira dos Capões, galináceos eunucos, machos capados ainda bastante novos que, se alimentam, sem olhar para as "meninas" com aquele ávaro desejo de lhe picar na "crista".
Outra versão é aquela que diz que, Capões são também aqueles homens que, casando não conseguem ter filhos o que, por estas bandas são denominados de Capões, sendo que, em alguns a culpa até será das mulheres. 
Consta que alguns, para se livrarem do ápodo, acabam por fazer uns biscates por fora para mostrarem que são capazes de gerar descendência...
Depois, existem um sem número de graçolas que até se cantam ao desafio consoante a inspiração de qualquer cantador. Para vos dar uma ideia, lancei este mote para vos entreter...

De manhã muito cedo
A caminho da feira
Não há que ter medo
Vamos lá à capoeira
Apanhar os capões
Que levados em gaiolas
Sempre aos encontrões
Até partem as molas
É tremenda a correria
Pra ver quem chega primeiro
À Feira de Santa Luzia
Procurando ser ordeiro
No meio da confusão
Há capões de duas raças
Que se picam e esfolão
Até no meio das praças
Uns nas jaulas de cima
Das carroças de cavalos e burros
Tiveram melhor sina
Ficando mais seguros
Porque em todo este meio
Há polícias e também guardas
Para os de baixo é feio
Os outros borram-lhe as fardas
Que apesar dos seus bonés
É tão grande a saraivada
Que ficam de lés-a-lés
Com a farda toda entaipada
E quando chegam a casa
É tamanho o reboliço
Eles bem sacodem a asa
Não têm farda para o serviço
Entra a esposa atarefada
Com tira-nódoas e coisas mais
Acaba também borrada
Porque a merda é demais
Forma-se um grande alarido
Na casa em revolução
Só porque o marido
É um desgraçado capão
Isto é só de ano a ano
Que anda tudo aos trambolhões
Não é por falta de pano
Que continuam a haver capões
Mas porque alguém fez o dano
De lhe cortar os (C) Cordões...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Testamento do Mendigo...

Para lembrar o Natal que se aproxima e as dificuldades que os pobres sentem nesse dia...

Agora, no fim da vida
Como mendigo que sou,
Me sinto preocupado,
Intrigado e num momento
Me pergunto, embaraçado,
Se faço ou não testamento.
Não tendo, como não tenho
E nunca tive ninguém,
Pra quem é que eu vou deixar
Tudo o que eu tenho: os meus bens?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Minhas calças remendadas,
O meu céu, minhas estrelas,
Que não me canso de vê-las
Quando ao relento deitado
Deixo o olhar perdido,
Distante, no firmamento?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minha camisa rasgada,
As águas dos rios, dos lagos,
Águas correntes, paradas,
Onde às vezes tomo banho?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Vaga-lumes que em rebanhos
Cercam meu corpo de noite,
Quando o verão é chegado?
Se eu fizer um testamento
Pra quem vou deixar,
Mendigo assim como sou,
Todo o ouro que me dá
O sol que vejo nascer
Quando acordo na alvorada?
O sol que seca meu corpo
Que o orvalho da madrugada
Com sua carícia molhou?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os meus bandos de pardais,
Que ao entardecer, nas árvores,
Brincando de esconde-esconde,
Procuram se divertir?
Pra quem é que eu vou deixar
Estas folhas de jornais
Que uso para me cobrir?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que eu vou deixar
Meu chapéu todo amassado
Onde escuto o tilintar
Das moedas que me dão,
Os que têm a alma boa,
Os que têm bom coração?
E antes que a vida me largue,
Pra quem é que eu vou deixar
O grande estoque que tenho
Das palavras "Deus lhe pague"?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Todas as folhas de Outono
Que trazidas pelo vento
Vêm meus pés atapetar?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minhas sandálias furadas,
Que pisaram mil caminhos,
Cheias dos pós das estradas,
Estradas por onde andei
Em andanças vagabundas?
Pra quem é que eu vou deixar
Minhas saudades profundas
Dos sonhos que não sonhei?
Pra quem eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os bancos dos meus jardins,
Onde durmo e onde acordo
Entre rosas e jasmins?
Pra quem é que vou deixar,
Todos os raios de luar
Que beijam minhas mãos
Quando num canto de rua
Eu as ergo em oração?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Meu cajado, meu farnel,
e a marca deste beijo
Que uma criança deixou
Em meu rosto perguntando
se eu era Papai Noel?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Este pedaço de trapo
Que no lixo eu encontrei
E que transformei em lenço
Para enxugar minhas lágrimas
quando fingi que chorei?
Se eu fizer um testamento...
Testamento não farei!
Sem nenhum papel passado,
Que papéis eu não ligo,
Agora estou resolvido:
O que tenho deixarei,
Na situação em que estou,
Pra qualquer outro mendigo,
Rogando a Deus que o faça,
Depois que eu tiver morrido,
Ser tão feliz quanto eu sou.

De: Urbano Reis


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Será que somos mesmo burros?

Como estão os nossos alunos de 15 anos? Para o Eng.º Sócrates, estão bem e recomendam-se.
O último estudo da OCDE, conhecido pelo suculento nome de Pisa, revela uma melhoria geral a leitura, matemática e ciências que, na opinião de Sócrates, se deve às ‘aulas de substituição’ e à ‘avaliação dos professores’. Deixemos de lado estas duas últimas fantasias, que no caso em apreço apenas existiram na cabeça do primeiro-ministro.
Fiquemos pelos números. Melhoraram? Inegável. E inevitável: passar da miséria (em 2006) para a pobreza (em 2009) é, sem dúvida, uma melhoria relativa. Pena que continuemos na pobreza, ou seja, abaixo da média da OCDE. Em matemática, temos 487 pontos; a média é de 496. Em ciências, temos 493 pontos; a média é de 501. E, em leitura, o cenário é ligeiramente menos deprimente: temos 489 pontos; a média é de 493. Por outras palavras: continuamos burros, mas menos burros a fazer o básico. Nada disto devia ser motivo para festejos, excepto para quem se contenta com um pouco menos de analfabetismo, utilizando esferográficas modelo "bengala" como se pode verificar por baixo do texto.
Ó égua, vê lá se te levantas porque o trabalhinho é feito de pé...

“Num golpe de magia à Sócrates sumiu-se o analfabetismo funcional."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Deixe crescer a esperança...

Deixe crescer a esperança
Dentro do seu coração
Tenha plena confiança
Na vida sem emoção
Porque os ingredientes
Temperos de gratidão
De pessoas inteligentes
Onde cresce a razão
Tente misturá-los todos
Os que ela oferece com amor
Ficarão muito gostosos
Num prato de raro sabor…

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

2011 en español técnico...

Al entregar el Presupuesto del Estado para lo sexto año de su democrático y benemérito gobierno, el Primer Ministro, José Sócrates hay llamado el Ministro de Hacienda para preguntarle qué pensaban los Portugueses sobre su politica.
Al final de la reunión, le preguntó “¿cuále son los resultados?”
"Señor Primer Ministro", dijo Teixeira de los Santos, “cumplidos casi seis años de su gobierno democrático y benemerito, hay 50 por ciento de optimistas y 50 por ciento de pesimistas."
"¿Entonces, qué dicen los optimistas?", preguntó Sócrates.
“Que en el próximo año todos bamos a comer mierda", respondió el Ministro.
"¿Y los pesimistas, que dijeron?", preguntó, desconcertado, el Primer Ministro.
Ni la mierda llegara para todos!”, dijo el ministro…

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quem nos livrará destes sanguinários, carraças/carrapatos?

Carraça/Carrapato
A Carraça como Transmissora de Doenças:
Existem cerca de 800 espécies de carraças em todo o mundo. Cerca de urna dezena dessas espécies estão presentes em Portugal. Trata-se de um ectoparasita que necessita de 1, 2 ou 3 hospedeiros (animais a partir dos quais se alimenta para se reproduzir e sobreviver), consoante a espécie de carraça em causa. Este parasita terá tendência a proliferar no nosso país, quer pelo crescente aumento do efectivo animal (nomeadamente de cães e gatos abandonados), quer pelo nosso clima cada vez mais quente. A carraça, quando portadora de micróbios, representa um perigo para a saúde pública, urge assim o controle do seu número ao nível dos animais domésticos.    
A carraça pode estar no solo em zonas com vegetação, mas também em muros, etc., à espera de um hospedeiro. Quando se apercebe da passagem de um hospedeiro, dirige-se para ele, vagueando pelo seu corpo até encontrar um local seguro, como o pescoço ou a cabeça, onde o cão não a possa arrancar. Seguidamente introduz o seu aparelho sugador na pele e, durante horas, alimenta-se do sangue do hospedeiro. Após a alimentação de sangue desprende-se voluntariamente e cai no solo para continuar o seu ciclo.
Naturalmente que os meus amigos já começaram a perceber onde quero chegar: Se existem cerca de 800 espécies de carraças pelo mundo, que sugam o sangue dos indefesos, em Portugal há um autêntico clã de carraças/carrapatos que chupam, pior que vampiros, o sangue deste povo laborioso, humilde e sem espécie alguma de poder fugir ao ataque constante, feito através de emboscadas, perseguições, flagelos e todos os meios capazes da sugarem sanguinariamente sem dó nem piedade.
Estou quase convencido, disse quase, porque não pararei enquanto não descobrir qual o veneno, o pesticida mais aconselhável para exterminar esta raça que, depois de tudo, nem o sangue das nossas extenues veias deixa circular em paz.

Amargos de boca...

Quem nunca teve amargos de boca? Aliás, a vida é feita de amarguras e sem amarguras, ou não é verdade?
Há "amargos de boca" muitas vezes, sobretudo, se a vida que levarmos não é verdadeira, nem é vivida com ideal transcendente, com um objectivo bem firme. Não há que vacilar, não podemos ser "cana agitada pelo vento", caso contrário, seremos bons políticos, teremos poder de influências, poder económico, mas nada disto deixará de trazer muitos "amargos de boca".
O "amargo de boca" é sempre algo de desagradável, não desejável, é amargo, azedo, ácido, pode ser problema vesicular, renal ou algum refluxo de estômago, mau funcionamento digestivo. Estes amargos são possíveis e, se são regulares, têm de ser sujeitos a diagnóstico médico. No entanto, a expressão "amargos de boca" tem mais a ver com as amarguras da vida, a cruz que carregamos, os sofrimentos e as dores que nos acompanham. Ora estes amargos podem ser "dor de alma", "dor de corpo", dor da cruz que arrastamos no dia-a-dia do nosso viver, das arrelias e desgostos que nos acompanham e se intercalam com as alegrias e os prazeres da vida, da salivação stressada que faz secar a boca, a garganta e nos torna agressivos ou saciados da sede, alegres e expansivos.
"Amargos de Boca" podem vir das intrigas, da falta de lealdade, da infidelidade aos compromissos... é que, no fim, nunca basta o reconhecimento do erro. Não basta que eu peça desculpa quando já não posso dar algo ou voltar atrás para me corrigir. A minha consciência há-de trazer, por vezes, as amarguras ou as angústias das consequências do erro que cometi, e não tem mais volta a dar. Assim também há amargos da boca para quem ganha e para quem perde o campeonato, a taça, regional, nacional ou internacional, sempre ficam amargos numa derrota, como numa vitória pouco clara. É por isso que devemos pedir a Deus que não nos deixe cair nas tentações dos erros.
Este tema que me apraz apresentar-vos, tem uma relação muito forte com a enorme quantidade de “amargos de boca”que o nosso país atravessa. Enumerá-los aqui, seria uma lista interminável que, quando acabasse, teria de começar de novo, pois, entretanto viriam a público mais “amargos de boca”para registar nesta acta nacional que, “não ata nem desata” ou melhor, desata de que maneira e sempre para sufocar os mais desgraçados!
Sei que não preciso de trocar em miúdos estas minhas desilusões, pois todos vós sois conhecedores dos atropelos e convulsões que, erradamente, vão continuando nos caminhos da miséria, da lama, do egoísmo, do malabarismo político e de blasfémias dos nossos carrascos governamentais e outros que tentam em içar a bandeira da salvação a troco de cobardias, roubos e juízos imperfeitos que mais não parecem do que brincadeiras de crianças. Mas, sempre rodeados dum extenso rol de corsários, fazendo lembrar os tempos de outrora das grandes piratarias marítimas internacionais.
Os “amargos de boca” irão continuar para além daquilo que se vislumbra a curto prazo: sombras e nuvens negras que trarão chuva e ventos fortes, granizo e neve para nos atolar no imenso malagueiro que já é maior que este pequeno País…
“Papai, eu sou mau por dentro? Não, mas as camadas de maldade na sua superfície vão quase até o centro…” (Sabedoria de Hommer)
Às Armas! Às armas! Quem é que nos acode? Amargos de boca são traumas! Mais, a gente não pode?