sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Voz da Razão...

Um dia de vergonha nacional!
Esta semana tivemos greve, mas não tivemos manifestações. Um mistério? Não creio. A minha costela pessimista diz-me que os portugueses não foram trabalhar para mostrarem a sua náusea com ‘o estado a que isto chegou’; mas depois a costela optimista acrescenta que os portugueses preferiram ficar em casa devido a um vago e intuitivo sentimento de que eles também são responsáveis pelo ‘estado a que isto chegou’: o nosso brutal endividamento externo, que lentamente vai fechando as torneiras do crédito, é também ou sobretudo, um brutal endividamento privado. E não houve família lusitana que, abençoada pelos cafres que nos governaram, não tenha dado o seu contributo para a loucura geral que levou o país à bancarrota. Claro que, perante este cenário, alguns líricos perguntam se não teria sido preferível trabalhar; ou, em alternativa, ir a Fátima em peregrinação para agradecer aos céus o facto de ainda haver trabalho para os nossos grevistas. Não vou tão longe. Um dia de pausa faz sempre bem. Desde que esse dia seja inteiramente dedicado ao velho desporto de sentir vergonha na cara.
“O problema é que Sócrates de milagres só apresentou promessas, e a Senhora de Fátima não governa no seu lugar."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Poema do Arrepio

Exame da Próstata com grande respeito pela tradição Gaúcha

Andava, mijando errado
Com as urina em atraso
Era uma gota no vaso
Três ou quatro na lajota
Quando não era nas bota
Na bombacha ou no scarpim
Eu mesmo mijando em mim
Que tamanha porcaria
E o meu tico parecia
Uma mangueira de jardim :
O pensamento mandava
O pau não obedecia
Quando a bexiga se enchia
Eu mijava à prestação
Pro banheiro em procissão
Uma ida atrás da ôtra
Numa mijada marota
Contrastando com meu zelo
Pra beber era um camelo
E pra mijar um conta-gota :
Depois de passar um bom tempo
Convivendo com esse horror
Me fui atrás de um doutor
Que atendesse meu pedido
Me desse algum comprimido
Pra mim empurrar goela abaixo
Tenho certeza não acho
Que bem antes que eu prossiga
É importante que eu diga
Que não deixei de ser macho :
Mas buenas voltando ao caso
Que é natural que eu reclame
Depois de um monte de exame
De urina e ecografia
E até fotografia
Da minha arma de trepá
Me obrigaram desaguá
Ajoelhado num pinico
E me enfiaram um troço no tico
Que me dói só de lembrá :
Ainda dei o meu sangue
Pros vampiro diplomado
Pensei que tinha acabado
Só me faltava a receita
Já tinha uma ideia feita
Me trato e adeus doutor
Recupero o mijador
Nem sonhava em concluir
Que alguém iria invadir
Meu buraco cagador :
Fiquei bem contrariado
Tomei um baita dum choque
Quando me falaram em toque
Achei bem desagradável
Pra um macho é coisa impensável
Um dedão campeando vaga
No lugar que a gente caga
Vejam só o meu dilema
O pau é que dá problema
E o meu cú é que paga :
 Tentei todos argumentos
Me esquivei o quanto pude
Mas se é pra o bem da saúde
Não deve me fazer mal
Expor assim meu anal
Fazer papel de mulher
Nem tudo que a gente quer
Tá de acordo com os planos
Fui derrubando meus panos
E se salve quem puder
De cotovelo na mesa
A bunda meia empinada
No cú não passava nada
Nem piscava de apertado
Mas era um dedo treinado
Acostumado na bosta
E eu que nunca dei as costa
Pra desaforo de macho
Pensava de pinto baixo
O pior é se a gente gosta :
Pra mim foi mais que um estupro
Aquilo me entrou ardendo
E então eu fiquei sabendo
Como se caga pra dentro
Aquele dedo nojento
Me atolando sem piedade
Me judiou barbaridade
Que alívio quando saiu
Garanto pra quem não viu
Que não vou sentir saudade
Enfiei a roupa ligeiro
Com vergonha e desconfiado
Vai que o doutor abusado
Sem pena das minhas prega
Chamasse um outro colega
Pra uma segunda opinião
Apertei o cinturão
Fiz uma cara de bravo
Dois mexendo no meu rabo
Aí seria diversão
Depois daquela tragédia
Que pior pra mim não tem
Não comentei com ninguém
Pra evitar o falatório
Se alguém fala em consultório
Me bate um pouco de medo
Não faço nenhum segredo
Dessa macheza que eu trago
Mas cada vez que eu cago
Me lembro daquele dedo...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os Intocáveis (The Untouchables)

Vou tentar contar uma história analógica: Vivia eu num prédio que tinha alguns anos mas estava bem cuidado, porque sempre que era preciso e podíamos, fazíamos obras de conservação. Uma vez ou outra (quando sobrava dinheiro) melhorávamos algumas outras coisas… porta automática, TV Cabo, mas só excepcionalmente fazíamos obras de fundo. O valor da mensalidade era bastante razoável. Não era um luxo mas gostávamos do nosso prédio.
Um dia veio para lá morar um novo inquilino. Logo de início propõe-se assumir a administração do condomínio, o que aliás, era tarefa de que todos gostavam (ao contrário do que é costume).
Apresenta ideias encantadoras… o prédio não podia continuar assim, havia que fazer melhorias visíveis. Propõe a colocação de elevador, criar um espaço de lazer para os moradores, aquecimento central no prédio e mais umas coisas que… logo se veria. Em reunião os condóminos perguntaram quem é que vai pagar aquilo tudo. “Isso não é problema, é preciso ter visão do futuro, criar condições para que os nossos filhos se sintam bem e gostem de viver neste prédio, senão um dia fica vazio “dizia o artista,”o que pagam por mês chega e sobra para as obras, além disso há quem esteja disposto a investir aqui sem querer nada em troca… ou quase nada. Um verdadeiro progressista! A malta desconfiava mas lá foi aceitando a coisa. Apareceram dois elevadores e para o efeito a escadaria principal é destruída. Entretanto começam a ver-se muitas obras no apartamento do inquilino.
O tempo vai passando e um dia, em reunião, ele anuncia que afinal é preciso aumentar um bocadinho a mensalidade porque o custo das obras foi além do esperado inicialmente. Ainda assim, aquele maluco manda pôr uma escada rolante que foi um verdadeiro encanto e brinquedo para as crianças… Mais uns tempos e, o resto do prédio começa a precisar de obras mas não há dinheiro…
Vamos ver, vamos ver se dá… O que há para já é para os elevadores.
No apartamento do novo inquilino o luxo é evidente, ninguém percebe onde ele vai buscar tanto graveto, mas tudo lá aparece. O prédio começa a deteriorar-se a pouco e pouco. Mas não há dinheiro…está todo metido nos elevadores… e na escada rolante. Nova reunião e o “administrador”, pigarreando e com a voz embargada anuncia…
Não há dinheiro. O prédio precisa de obras mas não há dinheiro. Temos que agir e esforçarmo-nos para fazer face a este problema. Quem quiser utilizar os elevadores terá que pagar cada vez que se servir deles. Além disso a prestação será aumentada. Só eu é que não pagarei, como até agora, porque sou o administrador.
- E as escadas onde estão? As alternativas seriam as escadas e essas foram destruídas para se colocarem os elevadores? Vamos passar por onde e em que condições?
- Pois, pois, eu sei…eu sei, não sei…lamento muito.
Esta é uma história análoga as SCUTS. Sempre entendi que se deviam pagar portagens. O princípio do utilizador/pagador. Em nenhum dia circulei na A4 sem ter de pagar portagem. Aliás, até ao dia em que um “iluminado” veio para cá com tal ideia, nunca tal tinha passado pela cabeça dos portugueses.
O que se exige sim, são alternativas decentes. Que não se façam Auto-estradas para tudo quanto é terrinha com a tanga da criação de condições de desenvolvimento, diminuição das assimetrias entre litoral e interior (que sempre existirão) e outras balelas que nos vão contando para encher os bolsos de muito “boa gente”.
Pergunto muitas vezes…se criassem entre Penafiel e o Porto uma via do tipo existente entre Penafiel e Lousada quem é que iria pela A4? (haveria mais exemplos)
O problema é que os nossos políticos não pensam no país. O pensamento é…primeiro eu, segundo nós, terceiro o partido e em quarto, se restar alguma coisa e houver tempo e paciência, o país.
São estas e outras que contribuem para o estado em que estamos e para que se diga com a maior cobardia de um cara de pau: “O problema é da crise internacional”. (The problem is the international crisis)

Casal dá o nó pela 83ª vez...

Ele é britânico e ela é australiana. Casaram no ano passado no Reino Unido, fizeram nova cerimónia numa praia da Austrália e nunca mais pararam de renovar os votos. Esta sexta-feira, casaram-se pela 83.ª vez na piscina de um resort em Port Douglas, Austrália.Mark Duffield-Thomas e a esposa Denise já empataram com o até agora recorde do Guinness e dizem que o propósito é chegar às cem cerimónias de casamento. A razão para tantas bodas tem um fim publicitário: o casal está a promover uma empresa irlandesa de organização de casamentos, que lançou um concurso que teve 15 mil participantes. Desde aí, já se casaram em cavernas, lagoas e até numa masmorra, em países como Inglaterra, Indonésia, Tailândia, Espanha ou Ilhas Maurícias.

Alguns tentam até aos 69
Estes querem chegar aos 100;
Ela é natural que se renove
E tenha os três também…

Tendência: botas de cano alto!

A moda é calçar até ao joelho.
É a grande tendência deste Outono/Inverno. As botas de cano alto, bem alto, vieram para ficar e marcar a estação. Os desfiles de moda das grandes casas usaram e abusaram deste tipo de calçado e ninguém e de Paris aos Estados Unidos os criadores apostaram forte nestas botas. O único requisito é que o cano chegue ao joelho, o resto do design depende do gosto de quem a use. Naturalmente, em Hollywood a moda já se instalou e é rara a celebridade que não tenha pelo menos um par de botas de cano alto. As calças justas ou os mini-vestidos são as peças de roupa que mais se vêem a conjugar com as botas. E há mais, estas botas impõem-se de tal maneira que desviam as atenções e os olhares do resto do corpo, pelo que alguma falha no resto da toilette pode muito bem passar despercebida.                  
                                                                                                       
Canos altos, muito altos
Botas que são orgulho
Também de grandes saltos
Quase chegam ao tubo
Formam esta engrenagem
De deixar alguém mudo
Para fazer uma viagem
Aquele paraíso bicudo
Que alguns na derrapagem
Penso que dariam tudo
Sem medo da virose
Esquecendo a gonorreia
Embrenhados numa pose
Morrendo de cefaleia…                                                                        

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ao que chegam os Clubes!

Mulheres dos jogadores do Dundee despem-se para salvar o clube.
O Dundee United é um dos clubes históricos do futebol escocês. No entanto, nos últimos anos mergulhou numa crise gigantesca e está em risco de falir, encontrando-se nos últimos lugares da First Division (segundo escalão).

Por isso, as mulheres e esposas dos jogadores do clube decidiram fazer fotos para um calendário com pouca roupa, de modo a angariar dinheiro para salvar o Dundee.
Recentemente, a formação britânica foi penalizada com 25 pontos no campeonato, na sequência de vários incumprimentos financeiros.
O objectivo desta campanha é angariar cerca de 15 mil euros, só com a venda das imagens.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nem a propósito... (Comentando: Volta escudo, estás perdoado, do Blog do Virgílio)

Era dia de feira na Vila e, para lá se derigiam três donas de casa, para fazerem algumas compras no tempo dos escudos.
Dizia uma:
- Ontem, quando o meu marido chegou do trabalho, disse-lhe: precisava duns contitos para ir à feira.
- Está bem. Vou ver se te posso dar cinco notas de contos.
- Pensou durante a noite... e acabou por dar-me só duas. Com pouco dinheiro, nada faço.
- A outra, disse:
- Fiz a mesma conversa com o meu que disse que me daria duas. Por fim, acabou por me dar só uma. Assim, não compro nada.
- A terceira, disse:
- Vós ainda tivestes alguma sorte! Olhai, eu vou remediar com uns trocos que tinha na gaveta, porque ao pedir dinheiro ao meu marido, disse-me: 
Vês a carteira? Está tesa!
- Responderam as outras: 
Quando eles chegam a casa com ela tesa é que nós ficamos contentes...


(Confesso que me custa bastante entender as mulheres!)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Analgésico do Porto 5 - Benfica 0

Limpezas ao natural:

Após ser despedida da empresa onde trabalhava, a checa Katka Kopecka, de 21 anos, decidiu abrir um negócio, no mínimo, original: uma agência de serviços domésticos em que as funcionárias trabalham... ao natural.
"Ninguém gosta de fazer limpezas mas todos gostam de ver um corpo bonito", sustenta a fundadora da Crazy Cleaners, que emprega 15 jovens universitárias que trabalham em nu parcial ou integral a partir de 170 euros à hora.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Há 10 anos sempre a caravanar...

Holandeses viajam há 10 anos em caravanas!
Casal vive com 400 euros por mês, e ainda não pensa em regressar a casa. As filhas têm aulas através da Internet Há dez anos estavam cansados de "viver com dinheiro, mas sem desfrutar a vida" e por isso decidiram fazer-se à estrada e conhecer novas culturas. Saíram de casa na Holanda e desde então que viajam pela Europa em duas caravanas puxadas por cavalos e alimentadas a energia solar, como verdadeiros "nómadas".
"Ou esperávamos pelos 60 anos para fazer isto ou então era agora. Decidimos deixar tudo para trás e partir à aventura de conhecer outras culturas e desfrutar da vida enquanto temos saúde. Isto é qualidade de vida", começa por explicar, meio em português meio em castelhano, André Hemelrijk, 43 anos, antigo fotógrafo de profissão. "Hoje continuo a fazer fotografias, mas sobre a nossa viagem."
Na companhia da mulher deixou a Holanda para trás, há mais de dez anos. Pelo caminho, nas suas duas caravanas, puxadas por três cavalos e acompanhados por seis cães, já passaram pela Bélgica, França e Espanha, e chegaram há um mês a Portugal. Só em França estiveram cinco anos, mas a passagem por terras lusas será mais curta. A mulher, Judith, que deixou a profissão de publicitária, explica porquê: "O povo português é muito atencioso, gostamos muito. O problema é andarmos nestas estradas com cavalos. Ao volante, os portugueses são uns verdadeiros piratas e já apanhámos muitos sustos."
Por estes dias, assentaram arraiais junto ao rio Lima, mas, na passada sexta-feira, tiveram nova surpresa desagradável. A bateria que usavam para manter os cavalos dentro de uma vedação eléctrica foi roubada. "Foi desagradável de manhã ver que nos tinham roubado a bateria. Perdi 20 euros e os cavalos podiam ter fugido", conta.
Nesta aventura, que eles próprios admitem assemelhar-se ao modo de vida cigano, o casal tem a companhia das duas filhas, Saphire de 12 anos e Yentl-Rose de 9. Tudo o que sabem aprenderam na viagem. "Temos os painéis solares para fornecer electricidade e temos um computador que lhes permite ter aulas num colégio holandês que funciona pela Internet", explica.
Em duas caravanas de madeira, uma para as filhas e outra para os pais, viajam a uma média de cinco quilómetros por dia e quando chegam a uma nova terra escolhem um lugar onde haja água e pasto para os animais.
"Na véspera, pego na bicicleta e vou reconhecer o terreno", conta André, que aproveita para contar uma peripécia da chegada a Viana. "Quando passei de bicicleta na ponte do senhor Eiffel [ponte metálica sobre o Lima] estava tudo bem, mas quando viemos com os cavalos foi um susto. O piso é diferente e parecia que os cavalos se enterravam nele." "Agora, para voltarmos à outra margem, vamos dar a volta a Ponte de Lima. Assim também aproveitamos para conhecer outra terra", conta Judith.
A família diz viver bem com "400 euros por mês", dinheiro que vai sendo angariado de terra em terra. Judith faz maquilhagem de pessoas, sobretudo crianças, para festas. "Mas em Portugal não tem sido fácil. Os portugueses são muito tímidos, ao contrário dos espanhóis", lamenta. Além disso, a família consegue, aqui e ali, contratos para mostrar as suas caravanas. E os milhares de fotografias que André tirou nestes dez anos também servem para pagar mais algumas despesas. Quanto ao regresso à Holanda, André ainda não sabe apontar datas. Será "um dia destes", mas a vontade ainda é pouca.

Vender... por falta de cacau!

Macau  é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China desde os primeiros momentos da madrugada do dia 20 de Dezembro de 1999. Antes desta data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos e é considerada o primeiro entreposto,  bem como a última colónia europeia na China.

País da "Rota da Seda"
De especiarias,pimenta e cacau
E muita matéria prima
Que agora está em queda
Se já venderam Macau
À potência da China
Nesta governação brutal
Vão estancando a mina
Puseram à venda Portugal...

Como rezará um traidor?

Como rezará um traidor
Que também foi cobarde
Até engole o seu rancor
Já tem carinha de padre

Como cristão, devia perdoar
Tanto mal que ele nos fêz
Mas penso que se calhar
Vira traidor outra vez...

Mafalda Arnauth...

Mafalda Arnauth: “Cosia a boca de José Sócrates”.
A fadista escolhe o primeiro-ministro como a personalidade cuja voz lhe custa mais a ouvir. O trânsito e a poluição são defeitos das nossas cidades, mas gosta da capacidade de perdoar dos portugueses.

Guarda da Rainha perde compostura...

Jovens alemães em Londres provocam acesso de fúria!
Com os enormes barretes peludos e longos sobretudos, os guardas escoceses são um ex-líbris de Londres. Mas fazer fotografias junto deles pode envolver surpresas.
Foi isso que aprenderam dois garotos alemães. Quando se aproximavam para posar junto ao guarda do Palácio St. James, este quebrou a imobilidade característica e gritou: "Afastem--se do guarda da rainha." Em pânico, os miúdos correram a toda a velocidade para junto dos pais.

Brincar, com muito cuidado
Porque na missão de guardas
Mostram grande garbo
Respeitem-se as fardas...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mulher "enfeita" topo de árvore de Natal...

A estrela do 'Big Brother' britânico, Chantelle Houghton, de 27 anos, foi erguida ao topo de uma árvore de natal de 16 metros de altura num centro comercial na cidade de Essex, no Reino Unido.
Chantelle, mascarada de fada de natal, promovia um concurso que oferecia aos clientes do centro comercial a oportunidade de ganhar mil libras (1148 euros), durante 12 dias, para gastar em compressedMais tarde, a estrela do reality show confessou na sua página do 'Twitter' que estava apavorada. Chantelle ficou famosa em Janeiro de 2006 após participar no 'Big Brother' do Reino Unido.

Que tal uma fotografia no caixão?

O Dia de Todos os Santos foi assinalado no centro financeiro de Makati, nas Filipinas, com uma iniciativa no mínimo insólita.
Um cemitério local resolveu promover-se e, quem sabe, cativar futuros clientes, convidando as pessoas a fazer-se fotografar dentro de um caixão. Ao contrário do que seria de esperar, foram muitos os curiosos que aceitaram o desafio e decidiram experimentar. Não consta, porém, que tenham reservado lugar...

Há gostos variados, enfim
Que são de pouca ética
Eu penso, por mim
Que será antes patética…

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Enterra mortos há meio século...

A coveira de Merufe, em Monção, assiste há 50 anos a uma tradição que leva milhares de pessoas ao cemitério
Milhares de pessoas rumam hoje aos cemitérios para a habitual memória aos entes queridos falecidos, num ritual que ainda hoje se mantém bem vivo em pleno feriado de Todos os Santos. Na pequena aldeia de Merufe, em Monção, Maria "coveira" assiste bem de perto a este dia há mais de 50 anos. "Talvez haja menos devoção, mas para alguns ainda é muito importante. Temos emigrantes em França que já chegaram, só para poderem pôr um ramo de flores na campa da família", começa por explicar a coveira de Merufe.
Apesar de tudo, admite que há 50 anos "a coisa era mais séria" do que nos dias de hoje. "Acho que o pior de tudo é ver morrer cada vez mais jovens e isso não acontecia tanto. Mas os de agora querem mais festa", diz, prontamente acrescentando: "Mas quer queiram quer não, a nossa casa é aquela. Lá no fundo da campa." Ainda assim, muitos outros filhos da terra fazem centenas de quilómetros só para passar pelo cemitério neste dia.
Na aldeia de Merufe, o "negócio" do enterro dos mortos é assegurado, há mais de sete décadas, pela família Cerqueira, papel assumido no último meio século por Maria, que ainda aos 70 anos garante que vai continuar a enterrar os mortos enquanto tiver forças.
"Se aos cem anos ainda estiver viva e com forças, continuo a ser a coveira. Mas o que queria mesmo era deixar isto para os meus filhos, mas eles têm outras vidas", conta, à conversa com o DN.
"As pessoas têm um medo terrível disto. Até fogem." A última esperança de deixar o negócio na família era um primo, que já a ajudava há vários anos. "Foi um desgosto muito grande. Morreu há três semanas, com 47 anos, amarrado a uma tomada eléctrica. Nem tive coragem para o enterrar e tive de chamar um coveiro de fora", diz, emocionada, Maria Cerqueira.
Nas campas, que sozinha escava em meio-dia, garante que os únicos sustos que lhe surgiram, aconteceram quando "volta e meia" ficava enterrada, pela cintura, sempre que alguma terra lhe desliza para cima. "Fora isso, tenho mais medo dos vivos do que dos mortos", confessa.
Maria aprendeu a ser coveira com o pai, que durante mais de 30 anos assegurou o serviço na freguesia. Aos 13 anos começou a ajudar no serviço e depois da morte do pai assumiu ela própria a tarefa, sozinha. Até porque mais ninguém da família se mostrou disponível. "Sentem-se mal só de pensar em estar dentro da cova. Quanto mais tratar do resto", garante, dando o exemplo do marido. "De início ainda me ajudava, mas desde que partiu um caixão, porque estava a chover muito, nunca mais quis saber daquilo".
A tarefa aprendeu-a com o pai, que acompanhava no interior das covas. "Ele já andava meio doente, tinha a gota, e por isso nunca ia sozinho lá para dentro. Eu fui apreendendo e depois convidaram-me para o trabalho", recorda. Por semana pode chegar a fazer aos "dois e três enterros" ou passar um mês sem trabalhar. "É um negócio que não é certo", brinca, sempre bem-disposta e repetindo, incansável: "Os mortos não fazem mal. Os vivos é que fazem a cara do diabo."
Actualmente pode levar até 110 euros pela abertura de uma cova, mas no negócio há uma regra. "Não enterro ninguém da família. Vem outra pessoa de fora, porque para tudo há limites." Garante que já perdeu a conta aos enterros que fez em Merufe, mas alguns não esquece. "Uma miudinha de 14 anos cá da terra. Bem andei a cobrir de terra só à volta do caixão, mas depois lá tive de acabar e custou-me muito", recorda.
Para além de coveira, Maria Cerqueira assegura a limpeza do cemitério e até levanta ossadas, "sem problemas". E apesar de garantir que não quer mal a ninguém, sempre vai admitindo que enterrará com um cuidado especial "umas certas pessoas". "Foram-me ao quintal e fizeram-me umas asneiras. Algumas pessoas não me importava de enterrar vivas", diz, sempre em tom de brincadeira.
Para já garante que continua com forças para "enterrar os outros" e a mudança em Merufe ainda vai ter de esperar. "Enquanto for eu a enterrar os outros é bom sinal. O pior vai ser quando forem outros a enterrarem-me a mim."
"Esta mulher de ferro, heroína do cemitério, vai enterrando quem lhe aparece pela frente, sem medo nem repugnância... Agora, pensa começar a sepultar políticos. Será uma boa oportunidade para ela ganhar mais uns patacos se o Sócrates abrir algum concurso do género..."





O automóvel cansado...

Era um automóvel que trabalhava todos os dias. 
Acordava ou acordavam-no de manhã cedo e lá ia ele com o dono para o trabalho. 
Ainda se o dono trabalhasse o tempo todo num escritório, vá que vá. O automóvel, nesse caso, até podia descansar uns bons bocados, encostado ao passeio. 
Mas o dono era dos irrequietos. Passava o dia de um lado para o outro, pára, logo arranca, depressa que se faz tarde, num corrupio que fazia aflição. Há empregos assim, muito fatigantes, tanto para as pessoas como para os carros. 
E aos fins-de-semana? Aos fins-de-semana, o dono do automóvel levava a família a passear. 
Em resumo, o carro nunca descansava. 
Um dia, cansado de tanto correr, protestou. 
- Este motor não anda bom - disse o dono. 
Protestou mais. 
- Este motor está a pedir uma grande revisão - disse o dono. 
De protesto em protesto, o automóvel resolveu fazer finca-pé. Parou, de vez. 
- Temos de chamar um reboque e mandá-lo para a oficina - disse o dono. 
Disse mais coisas, mas nós não contamos? Pudera. A meio do passeio de domingo, acontecer uma destas, quem é que não perde a paciência? 
Tão exasperado ficou o dono que resolveu trocar de carro. Apetecia-lhe um automóvel mais novo, mais potente, de um modelo mais moderno. 
O automóvel desta história foi arrecadado num armazém de automóveis velhos. 
- Daqui só para a sucata - disse-lhe uma carrinha muito desgastada pelos anos de serviço a um colégio. 
Agora tinha tempo para descansar. Descansou. 
Mas as prolongadas férias acabaram por pesar-lhe. 
Às vezes, aparecia alguém com vontade de comprar um carro barato, ainda em bom estado? Os automóveis alinhados aguardavam a decisão, com ansiedade. 
- Qual é o preço deste? - Perguntou uma senhora ao vendedor. 
- Tanto - respondeu o vendedor. 
- Só dou tanto - disse a senhora. 
O comprador encolheu os ombros, em sinal de concordância. O automóvel desta história ganhava um novo dono, aliás dona, aliás Dona Henriqueta. 
- É só para dar de vez em quando uns passeios, visitar os filhos, os netos - explicou a senhora. - Nada de velocidades nem de grandes viagens. Este carrinho dá-me jeito. 
A Dona Henriqueta já está reformada. O automóvel ainda não. Teve sorte! Melhor, ambos tiveram sorte, porque o automóvel ainda dá muito boa conta do recado. Está ali para as curvas.

Resumindo: quando se juntam dois velhos, como neste caso, existe quase sempre uma relação de melhor entendimento que os anos souberam amadurecer em ambos…e também a necessidade de apoio e ajuda mútuas.