quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pobres, inocentes e burros!



 Olhando ao tempo e à política que atravessamos em Portugal, em que os pobres não passam - segundo reza a história - de pobres, inocentes e burros, deixo-vos este poema para divertir o vosso espírito, visto que o corpo já não terá remédio para a cura dos muitos males que o afligem...

 Eu vou contar uma história com dor no meu coração
do que aconteceu comigo na fazenda Baxadão
Eu não sei se fui culpado ou se eu tive razão
Vou contar a minha história, depois quero uma opinião
Namorei uma cabocla, combinamos de casar
Eu falei com os pais dela, não quiseram aceitar
Dei um balanço na vida e jurei de me vingar
Eu te roubo caboclinha, custe lá o que custar
Eu voltei pra minha casa chorando que nem criança
Arriei meu burro preto, animal de confiança
Botei bala no revólver e levei por segurança
Fui buscar essa cabocla pra fazer minha vingança
Em pontinho meia-noite eu cheguei na casa dela
ela tava me esperando, foi só pular a janela
Botei meu burrão em forma, dei um repasso na sela
Fui dezendo suspirando: "vamo se embora" donzela
Pus a moça na garupa, começamos caminhar
numa ladeira de pedra, dava medo até de olhar
Meu burrão sem ferradura começou a escorregar
caiu em cima da cabocla, matou ela no lugar
Eu vendo a cabocla morta fiquei louco derrepente
acabou minha alegria, ninguém mais me vê contente
Foi o burro que matou, mas eu penso diferente
Foi destino da cabocla, meu burro tá inocente

2 comentários:

Tintinaine disse...

Burro inocente aqui não há.
Cada um dos burros que nos governam é pior que o outro!
Como diz o brasileiro:
- Bota burro nisso!

Edum@nes disse...

De pobres, inocentes e burros
Tua história estive a ler
Governados por casmurros
Qual deles o mais burro ser
Grandes sucessos vale tudo
Portugal das grandes bestas
O povo leva no traseiro chuto
Sem nada nas algibeiras
Come pão sem presunto
Custe o que custar
Ganha pouco e não muito
Para as suas despesas não chegar
Já dizia o senhor presidente
Que três reformas tem
Com tanta gente descontente
Como ele reclama também!
Do homem coitado
Estar tão inocente
De tanto mal praticado
De grande sucesso presidente
Que tão mal tem o país governado!
Li a história do inocente
Boa tarde para ti, amigo Verde obrigado!