domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre a bosta (Tintinaine) e a resposta...

Aí está, sem grandes rodeios…
Porque da mesma forma vivi,
Como escasseavam os meios
Também, na terra onde nasci…
Se os tempos são de rasca
Comparados com os de outrora
Há uma diferença sem farsa
Com o sistema de agora…
E, sem evasivas ou utopias
O nosso amigo, aqui mostra
O que era viver nossos dias
Rodeados da conspurcada bosta…
Mas havia outros, afoitos sem medo
Que iludidos, procurando a fama
Se perdiam na vida, no enredo
Acabando atulhados em lama…
Na ilusão de qualquer mancebo
Que depois, se frustrava na cama
Chorando a triste amargura
Que lhe restringia a chama
Duma quimera aventura…
E, soçobrando em pérfidos deslizes
Quase os levando à loucura
Tentavam recuperar os dias felizes
No retorno à terra que se gosta
Da sua aldeia, qual doçura
Trocar os tempos da bosta
Pelas lacunas da amargura…

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem escrito... Gostei!
Valdemar Alves

Observador disse...

É caso para dizer: mas que grande bosta nos havia de sair na rifa, vamos passar o resto dos nossos dias enterrados nela, pois não se vê prespectivas de lá sair.
Um abraço
Virgilio

Edum@nes disse...

Com a bosta se produziam
Tubérculos e outras coisas mais
Depois de misturada com a terra
Até os ricos comiam, como os animais
Os produtos que a terra dava
Para os pobres era pouco
Eram eles que o trabalho faziam
Vivia-mos mais à rasca que agora
Com seu esforço mais produziam
Não pretendemos esse tempo voltar
Tenho cuidado com o faz senhor coelho
Para o menino vitinho
Que tenha mais trambelho
Para não ser machucado seu focinho
Com o povo não se brinca
Já deveria saber
Passa as férias numa quinta
Ao seu belo prazer
Aos funcionários tira o subsídio
Para os ricos mais enriquecer
Também tira o subsídio de Natal
Para os mais empobrecer
Bem nos fodeu a todos
Quando ao Sócrates disse ser disparate, no subsídio mexer
Disparate é o senhor, com ideias fascistas
Já falou da liberdade
Disse fazer parte de suas medidas

Tintinaine disse...

Com o Verde a coisa é a sério.
Ele não brinca em serviço!