sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Via-Sacra de Cristo e a Cruz da Nossa Vida a Caminho do Calvário!



 
Numa das nossas viagens aos Estados Unidos da América, eu e a minha esposa tivemos a felicidade de conhecer e percorrer um dos mais belos cenários da Via-Sacra.
Como estávamos no Inverno, a flora que rodeava o caminho percorrido ao longo das 14 Estações até ao Calvário era de tristeza, não só pelo sacrifício de Cristo carregando a Cruz ao longo mil e quinhentos metros, mas porque as árvores, quase todas, estavam despidas das suas folhas que lhe tiravam o verde que vulgarmente apelidamos de esperança...
O local, num elevado monte, é sem dúvida propício ao maravilhoso espectáculo que nos apraz registar com muita admiração, porque a escolha do sítio é deveras primorosa. O arquitecto soube juntar os cenários da Via-Sacra e da natureza, que espelham o bom gosto de apresentar um trabalho que exprimem vontade, entrega, contributo e alegria de mostrar capacidade naquilo que se faz em prole da humanidade, quer sejam cristãos ou não...
Toda esta caminhada, termina no Calvário situado na parte mais alta da referida elevação da montanha, com é óbvio. Mas não só: ali, foi construída uma grande Capela/Igreja, cujo desenho ou escultura se assemelha a um cogumelo ou guarda-sol. É circular e toda aberta, excepto onde fica o altar. Aqueles que ali assistam às celebrações efectuadas, podem fazê-lo mesmo fora do referido Templo, porque as condições de visão são muitas boas, dada a explicação que atrás citei...
O espaço que mede quilómetros está fechado. Pode-se entrar de carro, largar o pessoal e merendeiro e trazer o carro para fora. Tem casas de banho, água, mesas e muita relva. Não se vê um papel no solo. Há restaurantes e outros meios de atenuar o apetite dos estômagos famintos...
Entramos e saímos daquele espaço com a noção de que se pode ser limpo e asseado em qualquer canto do mundo!
Também sentimos os nossos pulmões revigorados de ar puro e os nossos espíritos mais aliviados daqueles stresses  citadinos que enfurecem os nossos costumes e hábitos da nossa vivência rural. Ficamos com a quase certeza de que visitamos o Céu, tal era o bem estar por ali, e de que voltamos à terra para nos enrolharmos de novo nos labirintos constantes que a vida nos vai reservando...
Tal ou um pouco, como Cristo na sua Via-Sacra, também os migrantes espalhados pelo planeta terra, vão carregando a cruz, tentando com os seus trabalhos e sacrifícios, contribuir para que eles e os seus agregados familiares, possam usufruir de  umas quantas regalias que, se não fora assim, dificilmente as conseguiriam.
Este mundo, que hoje chamamos de Globalizado, nem sempre se torna propício a quem procura e quer trabalhar, dado que as crises e os maquinismos modernos vieram diminuir os postos de trabalho.
Dizemos nós: haja esperança! Pois, mas essa esperança, por vezes não chega para atenuar o sofrimento dos que precisam de tudo, inclusive, de amor!
Que o Natal que continuamos a viver e o Ano Novo que está próximo nos mostrem a Estrela da Magia para descobrirmos o caminho da Felicidade!

Agostinho & Esperança 

  

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