sábado, 14 de fevereiro de 2009
HONESTIDADE NO BRASIL NÃO É PREMIADA
Edward de Souza
Diz
a lenda que não existe pecado abaixo do Equador. Lula encarregou-se,
esta semana, de provar essa máxima ao dilatar indefinidamente o prazo
para que os prefeitos caloteiros liquidem seus débitos com o INSS que
hoje chega a bagatela dos quatorze bilhões. Usando como pano de fundo a
crise financeira internacional e a necessidade de capitalizar
municípios, o companheiro Lula deu um prazo de 240 meses para que as
Prefeituras liquidem seus débitos, mesmo aquelas que já tinham se
comprometido a dividir a divida e não honraram nem o primeiro pagamento.
Grave mesmo é que esse dinheiro devido nem é das Prefeituras, pois
parte deles vem do bolso do trabalhador, já que empregadores e
empregados colaboram conjuntamente para o pagamento do INSS. Alguns
prefeitos embolsam essa verba, criam fortunas, erigem castelos e depois
são perdoados, deixando quem pagou em dia, quem sacrificou projetos e
ações para ter seus compromissos quitados com cara de besta, pois
honestidade nesse Brasil nunca é premiada. Essa medida politiqueira e
descarada é um incentivo a todos os gestores municipais para que nunca
mais coloquem a dívida do INSS entre suas preocupações. Porque pagar se
depois vem uma quase anistia que dilata por duas centenas de meses o
prazo para pagamento? E olhem que essa é a terceira vez que o Governo
amplia o prazo para pagamento dessa dívida. As duas primeiras não
lograram êxito, o que deixa entrever que essa terá o mesmo destino.
Depois vem a equipe econômica gritar contra o desequilíbrio das finanças na Previdência e lutar contra aumentos, até do Salário Mínimo, pois não existe caixa para pagá-lo. O rombo começa aí com Prefeituras e Estados que desconhecem olimpicamente a dívida com o Governo Federal e depois são contemplados com prazos que nenhum particular teria a coragem de oferecer. Se isso vai tirar as Prefeituras da crise é uma dúvida. Sinceramente acredito que não, pois se assim fosse elas não estariam tão apertada. Já que há anos não recolhem esse tributo. O buraco é bem mais embaixo e o Governo aplica paliativos por não terem coragem de enfrentar de frente o problema.
Depois vem a equipe econômica gritar contra o desequilíbrio das finanças na Previdência e lutar contra aumentos, até do Salário Mínimo, pois não existe caixa para pagá-lo. O rombo começa aí com Prefeituras e Estados que desconhecem olimpicamente a dívida com o Governo Federal e depois são contemplados com prazos que nenhum particular teria a coragem de oferecer. Se isso vai tirar as Prefeituras da crise é uma dúvida. Sinceramente acredito que não, pois se assim fosse elas não estariam tão apertada. Já que há anos não recolhem esse tributo. O buraco é bem mais embaixo e o Governo aplica paliativos por não terem coragem de enfrentar de frente o problema.
1 comentário:
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