quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A folha amarrotada...

Há circunstâncias na vida que nos fazem perder a serenidade e magoar alguém: talvez com uma palavra grosseira, talvez com uma atitude brusca, talvez com uma afirmação injusta ou falsa que fazem sofrer.
Certa professora tinha na sua turma um rapaz que se irritava com facilidade e ofendia os companheiros. O ambiente tornava-se pesado, sem bom entendimento entre eles.
Um dia, ela decidiu dar uma lição bem fácil de compreender a todos os alunos. Chamou o aluno mal comportado, entregou-lhe uma folha de papel branco muito perfeita e lisa e mandou-o amassar aquela folha. O rapaz dobrou-a, amarrotou-a até fazer uma bola de papel. Depois a professora ordenou-lhe que alisasse novamente a folha. O aluno desfez a bola de papel, e começou a desdobrar e a alisar a folha o melhor que pôde. Mas, por mais que tentasse alisá-la, as rugas da dobragem permaneciam bem visíveis no papel.
Então a professora chamou os alunos para prestarem atenção e explicou-lhes a lição que pretendia dar-lhes: Quando ofendemos alguém – os pais, os professores, os companheiros ou qualquer pessoa – produzimos marcas dolorosas – às vezes profundas – no coração e no íntimo dessas pessoas. Depois, talvez arrependidos, peçamos desculpa, peçamos perdão pelas nossas ofensas. Mas as marcas que deixamos nos ofendidos nunca mais desaparecerão totalmente, tal como as rugas na folha de papel amarrotado.
O bom entendimento, o respeito mútuo, criam um ambiente de bem-estar, de felicidade: em família, nas escolas, nas empresas, nas instituições, nas comunidades cristãs, em toda a parte…
Evitemos as palavras duras que ofendem e as atribuições, por vezes falsas, que tanto prejudicam e são causas de enorme sofrimento.
Falemos somente quando as nossas palavras forem tão suaves e inofensivas como o próprio silêncio.

1 comentário:

Valdemar Marinheiro disse...

Sim senhor um exemplo dignificante.
Este seria o mundo ideal onde todos deveriam fazer por isso e tivessem orgulho em poder viver nele.
Quem sabe se depois de nós algum dia isso acontecerá. Enquanto isso temos a obrgação moral de tudo procurar-mos fazer para sermos dignos.