sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Valor da Árvore...

No princípio do mundo a terra estava vazia e deserta. A vida era um caos, o Criador num acto de Amor, lembra-se:
Vamos embelezar e dar vida ao planeta Terra. Faz surgir árvores, arbustos e plantas de toda a espécie: árvores altas e baixas; árvores que dão fruto ou que só dão flor; árvores de folha perene e folha caduca.
Assim se forma a floresta e aí, as robustas e de grande porte tentam impedir que as mais frágeis possam crescer. Mas, algumas mais corajosas e teimosas, direitas ou tortas, a custo conseguem romper, espreguiçando os seus ramos pelas clareiras das maiores à procura do sol criador.
Algumas árvores presenteiam-nos com saborosos frutos, enquanto outras nos ferem com seus espinhos.

Estas rosas que te dou,
Tirei-lhe os espinhos
Para te mostrar quem sou
No valor dos meus carinhos…
Sem pétalas, quase nuas
Rosas, por vezes daninhas
Evitando picar as mãos tuas
Para não ferir as minhas…
Porque, na ansiedade de amar
Como abelha no pólen da flor
Por descuido, podemos picar
O nosso verdadeiro amor…

No Verão, a árvore abriga com sua a sombra e refresca aliada com a suave brisa, o casal de namorados, o trabalhador cansado, a mãe que amamenta o seu filho, os animais e aves, o caminhante e peregrino que, todos, procuraram o manto dos seus ramos para saciar ou suavizar as suas loucuras ou agonias quotidianas da vida…
No Inverno, a sua lenha ardendo na lareira, é calor que aquece o pobre e o rico. O oxigénio que produz, no mundo é vida e saúde.
Como se ainda não bastasse, a árvore amiga, ao homem com a sua madeira, torna-se num elemento substancial para a construção da sua casa. Na morte, dás-lhe ainda protecção, não experimentando logo o peso da terra agreste, fria, servindo-lhe de caixão.
Homem, uma das tuas missões é cuidar e guardar a floresta, gozar a sua beleza e usufruir de toda a sua riqueza.
Esqueces que foi para isso que Deus te chamou à existência? Que fazes tu, homem? Por cobiça ou ciúme destróis a floresta que te dá o oxigénio da vida. És mal agradecido, fazes mal a quem te faz bem.
Empregaste a própria árvore, tu, homem, fazendo dela uma cruz, para crucificar aquele que te gerou e deu à luz. Medita e entende, que na tua maldade, esse era o teu destino. Todavia, o amor de Deus é mais forte, assim, a Cruz de Cristo que era um instrumento de morte, transformou-se em árvore de vida.
Neste mundo, os homens são um pouco como as árvores: os mais fortes tentam impedir que os mais pequenos ou mais fracos cresçam e medrem, e assim, em lugar de possuirmos uma Lei de Amor, usamos a lei da selva.

ATV

2 comentários:

Tintinaine disse...

Bem pensado, bem dito, bem escrito!

Edum@nes disse...

Sobre a árvore o que escreveste
Também, pensaste no pobre e no rico
Com a tua inteligência não falhaste
Em defesa da natureza estou contigo.
As verdades estás a dizer
Árvore pequena sem liberdade
Para poder livre crescer
Assim, acontece na realidade
Quando o pobre a verdade quer dizer.
Não se encontram rosas
Só se encontram os espinhos
Para que versem as prosas
Se os lugares são para os amiguinhos.
Roseiras mansas e bravas
Todas elas dão flor
Quando descalço andavas
Trabalhavas para o senhor
Com teu corpo a suar
Para enriquecer um estupor.

É maravilhoso o que escreveste.
Sobre a árvore, e a natureza. Que os homens com sua ganância teimam em destruir, esquecendo-se de que sem elas não poderiam viver.
Que deixem as árvores crescer livremente, para que depois possam ter a recompensa.

Resto de bom domingo para ti,
Amigo Verde,
Viva a natureza!
Um abraço
Eduardo.