sábado, 5 de janeiro de 2013

O vinho, o polícia e o teimoso...



Estava eu num bar à tardita
Quando se deu o sururu
Tínhamos bebido uma pinguita
Nem pago eu, nem pagas tu...
Se ele não paga e grita
Começo a ficar gago
Chamem a polícia
Que eu também não pago...
Será que nesta hora maldita
Por beber mais um trago
Já chamaram a polícia
Porque eu não pago?
Quero sair dali, por malícia
Estou a ficar abafado
Chamem a polícia
Que eu não pago...
Pode ser uma injustiça
Sente-se, o lugar está vago
Chamem lá a polícia
Que eu não pago...
Logo sai a notícia
Que estou embriagado
Chamem a polícia
Que eu não pago...
Dou uns passos, dobro o joelho
Caio ali desamparado
Que pague o passos coelho
Por nos ter mal-governado
Mas se este não tem pataco
Para meu grande azar
Virei-me  para o velhaco
Do ministro vitor gaspar
Depois da tanta fífia
Da miséria que trago
Chamem a polícia
Que eu não pago...
Mas afinal quem paga?
Pagas tu e pago eu
Nesta maldita saga
Paga o cristão e o judeu
Paga o pobre e o rico
Paga o corrupto e o ladrão
E todos calam o bico
Nesta grande confusão
Se sou pobre, pobre fico
Já não sei quem é o patrão
Neste mundo tão cínico
Ninguém me deita a mão
Até mesmo o polícia
Não quer que sopre ao balão
Com receio da icterícia
Lá terá a sua razão
E no fim e no cabo
Chamem a polícia
Mas eu é que não pago!

5 comentários:

Valdemar Alves disse...

Amigo Agostinho Verde... Já é altura de publicar um livro.

Tintinaine disse...

Andaste muito tempo afastado destas lides, mas regressaste com vontade. Espero que ela se mantenha neste novo ano e que sirva para te aliviar um pouco o espírito de coisas mais sérias.
Vê lá se descobres alguém para se responsabilizar pela despesa, pois eu também não pago!

Agostinho Teixeira Verde disse...

Quanto ao livro, amigo Valdemar
Talvez seja um desejo
Vamos andando devagar
Porque data ainda não prevejo

Quanto ao amigo Tintinaine:

Vou entrar de quarentena
Em 1ª época de exames
Que é sempre mais pequena
Fugindo aos vexames
Depois, em junho
Começa outra novena
De caneta em punho...

Edum@nes disse...

As coisas do Verde
Escritas com razão
Vieram mais tarde
E só têm feito confusão
Não vale a pena
A Polícia chamar
Coelho e Gaspar na arena
Vão ter que oiro enfrentar
Quando chegar o dia
De contas apresentar
Deles eu previa
Que mais iríamos descontar
Mas, não é dela a culpa
É de quem os deixa governar
Até que o povo outro descubra
Teremos que os aturar
Não a pena chamar a Polícia
Contra eles nada vai fazer
Seria uma óptima notícia
A prisão do governo nos jornais ler.
Vou ficar por aqui
Antes que eles me mandem prender
As coisas do amigo Verde li
Com ele muito estou a aprender!
Adorei, esta do vinho
Do Polícia e do teimoso
Paga as dividas o Zé povinho
Os políticos são estorvo!
Têm tudo o que querem
Fazem promessas ser eleitos
Logo depois delas se esquecem
À boca cheio dizem que são perfeitos!

Bom dia de terça-feira para ti,
amigo Agostinho Teixeira Verde.
Um abraço
Eduardo.

Edum@nes disse...

Corrijo as palavras:- Oiro para toiro e mas não é dela a culpa. Para não é deles a culpa. E não vale a pena chamar a policia.