sábado, 26 de janeiro de 2013

Como pregar o calote...



Neste Portugal empobrecido
De palhaços e regabofe
Há sempre algo imerecido
Como pregar o calote...
Compra-se tudo sem pensar
Escondidos no capote
Com ideia de não pagar
E pimba, pregar o calote...
Coisas caras, eis a questão
Tudo pela hora da morte
Onde o artista aldrabão
É pessoa de muita sorte...
Bem falado, de fatioca
Aparece como bispote
Melro, que procura minhoca
E apanha um fartote...
Rouba que se farta
Como gato para o filhote
Até ao raio-que-o parta...
Ajudado pela consorte
Neste jogo que baralha
Vai pregando o calote
A toda a maralha...
Mais parecendo um coiote
Com sua grande matilha
Que põe tudo em desnorte
Onde chacina, mata e arrepia...
É este o impróprio cenário
Do nosso dia-a-dia
Da roubalheira, documentário
Feita com enorme mestria
De tanto ladrão excedentário
Sem lugar no quadro do pessoal
A não ser no partidário
Porque qualquer canibal
Do grande jogo ordinário
Vai-se infiltrando no capital
Do nosso público erário
Deste paupérrimo Portugal...

2 comentários:

Edum@nes disse...

De visita às coisas do Verde
Venho vestido com calças e camisa
Não tenho dinheiro para comprar o colete
Neste Portugal, há muita mísera
Vou arranjar uma fisga
Para caçar pardais
Há por aí muito quem diga
Coelhos falsos animais!
Escondidos dentro da toca
De quando em vez espreitam o sol
Quando saem se escondem entre as ervas
E quando podem roem as folhas do girassol
Não se afoitam pelas charnecas
Não se misturam com as lebres
Anda sempre aos saltinhos
Não gostam das flores mal me queres
São piores do que ratinhos!

Boa segunda-feira para ti, amigo
Agostinho Teixeira Verde
um abraço
Eduardo.

Observador disse...

Isto é um Pais de ladrões, como em tudo na vida o exemplo vem sempre de cima, as pessoas perderam completamente a noção do que está certo ou errado; o roubo, o ser caloteiro, pagar fora do periodo contratado, etc. é abslutamente normal para muita gente, uma vergonha, onde chegámos.
Um abraço
Virgilio