quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jejum e Abstinência...quem usufrui e quem precisa?

O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudessem tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.
Ainda que convenha manter esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito de jejuar privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituem a verdadeira privação ou penitência.
A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requintados e dispendiosos ou de especial preferência de cada um.
Contudo, devido à elevação das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como acto penitencial. Lembrem-se que o essencial do espírito da abstinência é o que se disse acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de carácter penitencial.
O preceito da abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos, enquanto que o jejum será aplicável dos 18 aos 59 anos.
As presentes determinações sobre o preceituado do jejum e abstinência apenas se aplicam em condições normais de saúde, estando os doentes, por conseguinte, dispensados da sua observância. De igual modo, aquelas pessoas que laboram em trabalhos pesados e, portanto, de enorme desgaste físico, estão isentas desse cumprimento. Convém, naturalmente, que cada um possa rever-se em si mesmo nas formas de aplicação.
Quando se enumera a carne como um dos maiores factores de abstinência, ajuizadamente entendemos que tem a ver com o valor do seu preço e também gustativo. Todavia, há muitas espécies de peixes e mariscos cujo precário é demasiado exorbitante. Assim, a penitência abstinencial, sugere, que se dêem o devido valor e importância ao preço dos produtos de alimentação.
Agora, que está muito em moda tentar diminuir o peso do corpo das mais variadas formas, deixo aqui expresso este apontamento que, além de reduzir a obesidade, também pode resultar numa pequena e salutar economia. Nada obsta a que se possa experimentar…
ATVerde

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