sábado, 18 de setembro de 2010

O eterno vaivém (Pequeno apontamento)

Tempo é ritmo. Vai e vem como um impulso no nosso cérebro, o jorrar do sangue no nosso coração ou a maré na praia. Todas essas coisas são governadas por relógios universais, e nós, os humanos, medimos esse fluxo como se fôssemos guarda-livros. Minutos e segundos nada têm a ver com a Natureza. Cada organismo interpreta os ritmos universais à sua maneira. Um piolho pode ficar parado durante meses sobre uma ervinha, à espera que um mamífero passe por ali; a larva de uma cigarra vive durante anos agarrada ao tronco de uma árvore, esperando pelo momento certo para sair do casulo e viver a sua breve existência. Para eles, esse tempo passa num relâmpago, tão depressa quanto o tempo medeia entre duas pulsações.
O ser humano é um pouco diferente: pensa, idealiza, projecta, sonha e acaba sem ter concluído os objectivos a que se propôs. Nunca a pessoa humana concretizou tudo aquilo que desejava…e morre, sonhando que poderia ter feito mais em prole da família, dos amigos, da sociedade e do Mundo: isto é, nunca termina os seus projectos e ambições, ficando por completar o desejo de ser tudo, mais do que tudo e melhor do que todos! Metas totalmente impossíveis e inatingíveis, sinal de que as criaturas à face da terra são vulneráveis e incapazes de chegar ao auge supremo das suas manifestas vontades, e também, de que haverá algo omnipotente superior aos mortais…
Morramos com dignidade, cumprindo os nossos deveres e obrigações de cidadãos, nem que para isso tenhamos de roubar, porque, hoje, ser honrado é ficar mal visto pela sociedade. São, no conjunto universal, aqueles que roubam, que martirizam, que caluniam, que matam, que denigrem a sociedade, que recebem os louros e as medalhas de comportamento exemplar com a maior pompa e aparatos possíveis, que tresanda de impiedade, de negligência, de malabarismos, de crimes orais e materiais, sem consciência e dignidade sempre contra o indefeso e paupérrimo desgraçado…

É velho, sempre se disse:
Que pureza em corpo sadio
Não passava duma burrice
Para quem ouse ter fastio

2 comentários:

Valdemar Marinheiro disse...

Fugiu o Comentário. Teria partido à descoberta da Onipotência.
Mas vamos lá.
Na parte inicial vivi com tanta intensidade que cherguei a admitir que estaria a apresentar umma Tese de Engenheiro ambientalista. Melhor que muitos o farias dado as tiuas origens.
Na terceira parte essa estirpe só fazem issso porque muitos m troca de uma chave de palheiro traiem a própria classe a que pertencem.
Tam bém sabem que no dia que forem para descer para a cova o Senhor na conversa, o vai tratar por Irmão e que ser´´a absolvido de todos os males que provocou.
Em que ficamos:- Os Cristãos de outras religiões são julgados pelos seus actos ou não? Quanto a nós Ateus não vale a pena nos interrogar porque temos lugar cativo nas profundas do Inferno.
UMA CASA A ARDER

Valdemar Marinheiro disse...

Fugiu o Comentário. Teria partido à descoberta da Onipotência.
Mas vamos lá.
Na parte inicial vivi com tanta intensidade que cherguei a admitir que estaria a apresentar umma Tese de Engenheiro ambientalista. Melhor que muitos o farias dado as tiuas origens.
Na terceira parte essa estirpe só fazem issso porque muitos m troca de uma chave de palheiro traiem a própria classe a que pertencem.
Tam bém sabem que no dia que forem para descer para a cova o Senhor na conversa, o vai tratar por Irmão e que ser´´a absolvido de todos os males que provocou.
Em que ficamos:- Os Cristãos de outras religiões são julgados pelos seus actos ou não? Quanto a nós Ateus não vale a pena nos interrogar porque temos lugar cativo nas profundas do Inferno.
UMA CASA A ARDER